Eleita a MVP (jogadora mais valiosa) dos Jogos Olímpicos de Pequim, a ponteira Paula Pequeno não segurou as lágrimas ao comentar a medalha de ouro ganha pela Seleção Brasileira feminina de vôlei na capital chinesa.
"Eu tenho que lembrar com muito carinho de cada ponto, de cada set, do pódio, de tudo o que aconteceu", destacou a jogadora, ainda sem uma idéia do feito obtido nas quadras chinesas.
"Eu ainda não entendi direito essa medalha que a gente ganhou. Acho que isso só vai acontecer com o tempo", disse Paula, que minimizou a sua conquista pessoal.
"O que importa é a nossa essência, afinal, a Olimpíada engloba mais que a parte técnica. Esse foi o detalhe principal do nosso time: o senso de ajuda, o espírito de equipe", explicou.
Papel fundamental no ciclo olímpico iniciado em Atenas 2004, Paula evitou, contundo, usar o tom de desabafo ao falar da volta por cima da equipe, que repetiu o feito alcançado duas vezes pelo time masculino de subir ao lugar mais alto do pódio em Olimpíadas.
"De Atenas para cá foi um período muito difícil e eu só tenho a agradecer ao meu marido, à minha filha, minha família e aos meus amigos", disse.
Entrar para a história ao conquistar um título de extrema relevância fez a comissão técnica abrir mão do rígido sistema de treinamento que vinha implantando para a Olimpíada. Após o ouro ser confirmado, as atletas fizeram a comemoração em uma churrascaria típica do Brasil na capital chinesa, além de irem a uma casa noturna para estrangeiros da cidade.
Até o técnico José Roberto Guimarães entrou no clima de empolgação e disse "não se lembrar" da preleção que deu às atletas logo após a vitória sobre os Estados Unidos na final.
Com o ouro e o prêmio de melhor em quadra, Paula Pequeno agora já traça as metas para o futuro. Para a ponteira, o título de Pequim aumentará ainda mais a exigência do torcedor com a Seleção.
"Se encerra um ciclo olímpico e já se inicia outro. É outro desafio. Vida de atleta é assim, pressão em cima de pressão. Se você perguntar para os caras do time masculino, eles vão te falar que também sofrem muita pressão pelos resultados", reiterou.
30 de ago. de 2008
Melhor dos Jogos, Paula Pequeno chora ao lembrar Pequim
Postado por Sivaldo às 11:46
Marcadores: Olimpíadas 2008, Vôlei
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