TVGolo.com - Novos Golos

23 de abr. de 2008

C. Ronaldo falha, e Manchester empata

Português perde pênalti logo no segundo minuto de jogo contra o Barcelona na semifinal

O Camp Nou, que já viu partidas memoráveis dos Ronaldos brasileiros, teve mais um xará como protagonista nesta quarta. Mas sem sucesso. O português Cristiano Ronaldo perdeu um pênalti logo no início da partida e viu seu Manchester United empatar em 0 a 0 com o Barcelona, pelo jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões.

A decisão na vaga na final será na próxima terça-feira, em Manchester. Um novo 0 a 0 leva a partida para pênalti e empate com gols dá a classificação ao Barça. Chelsea e Liverpool, que empataram em 1 a 1 na terça, se enfrentam na próxima quarta, em Londres. A grande final será em 21 de maio, em Moscou.

O camisa 7 do Manchester, considerado o melhor jogador do mundo atualmente, teve atuação discreta. Já Messi, ainda entrando em forma após contusão, teve bons lances pelo Barça, mas saiu no meio da etapa final. Ronaldinho Gaúcho, ainda contundido, ficou fora mais uma vez.

Sem demonstrar o belo futebol das últimas partidas, o Manchester entrou retrancado, disposto a garantir o empate para decidir em casa. E conseguiu.

Cristiano Ronaldo e o pênalti perdido
Logo no primeiro minuto de jogo, Cristiano Ronaldo deu trabalho aos espanhóis. Mas vacilou. Após cruzamento, o português cabeceou e a bola desviou na mão de Milito. Pênalti. O camisa 7 do Manchester bateu... mas isolou! O craque pegou mal e mandou a bola longe do gol.

Em seguida, o Barça cresceu e passou a pressionar. Porém, sem levar muito perigo a Van der Sar. Em duas boas chances, no embalo de Messi, o time catalão chegou à linha de fundo, mas os atacantes passaram da bola nos cruzamentos.

O Manchester, fechado na defesa, saía bem nos contra-ataques, principalmente com Cristiano Ronaldo. Aos 28, o português invadiu a área e caiu, pedindo pênalti. Foi ignorado pelo árbitro.

Pressão sem gol

Na etapa final, o Barça partiu para o ataque tentando conseguir a vantagem em casa. Aos cinco minutos, Eto'o entrou sozinho pela direita, mas em vez de chutar preferiu esperar Messi para tocar. Porém, a zaga cortou.

Um minuto depois, a melhor chance espanhola. Messi deixou na entrada da área com Iniesta, que tocou de letra para Eto'o na área. O camaronês ficou cara a cara com Van der Sar e bateu para fora, na rede.

A resposta inglesa foi parecida. Carrick fez bela jogada pela esquerda, driblou Márquez e chutou forte, no lado de fora da rede de Valdés.

Pouco depois, Rijkaard tirou Messi para a entrada de Bojan. Deco também saiu, e Henry foi a campo. Mas o Barça não conseguiu superar a retranca do Manchester, que leva o empate para casa.

Gol contra salva Chelsea de derrota

Riise falha feio aos 49 do 2º tempo e Liverpool perde vantagem para jogo em Londres

Apesar de ser pressionado na maior parte do jogo, o Chelsea conseguiu achar um empate aos 49 minutos da segunda etapa com o Liverpool - graças a um gol contra bisonho de Riise -, na casa do adversário, em Anfield Road, no jogo de ida das semifinais da Liga dos Campeões.

As duas equipes protagonizaram o terceiro confronto entre elas em semifinas da Champions. Nas duas anteriores (2005 e 2007), os Reds levaram a melhor. Mas, com o 1 a 1 desta terça-feira, o time dos brasileiros Lucas (que ficou no banco de reservas) e Fábio Aurélio (titular) precisa da vitória em Stamford Bridge, no próximo dia 30 de abril, para se garantir em mais uma decisão da Liga dos Campeões (se acontecer, será a terceira participação nas quatro últimas edições do torneio). O Chelsea, por sua vez, chegará à sua primeira final se empatar em 0 a 0.

Para piorar a situação do Liverpool, o Chelsea não perde em casa há dois anos (65 jogos). O último revés aconteceu em fevereiro de 2006 (2 a 1 para o Barcelona). Contra clubes britânicos, a vantagem é maior: quatro anos (80 partidas). A última derrota foi em abril de 2004, para o Arsenal (2 a 1)

O jogo
Com a melhor defesa da Liga dos Campeões até as semifinais (apenas quatro gols sofridos), o Chelsea começou cozinhando a partida. O Liverpool, por sua vez, com o melhor ataque do torneio (26 gols), buscava agredir o adversário, mas sem muito sucesso.

O primeiro lance de mais perigo no primeiro tempo aconteceu aos 12 minutos. Após lançamento de Xabi Alonso, o holandês Kuyt apareceu na frente do “mascarado” Petr Cech (o goleiro theco joga com uma proteção na cabeça e outra no queixo) que, de forma arrojada, abafou o lance.

Os Blues só foram incomodar Reina aos 17 minutos. Após boa jogada de Ballack, o marfinense Drogba cruzou rasteiro para Joe Cole. No entanto, o goleiro espanhol saiu bem do gol e evitou o gol do time londrino.

Vacilo de Lampard custa caro

Com o jogo amarrado no meio-de-campo, setor no qual Gerrard era duramente marcado por Makelele, as oportunidades continuavam escassas. Aos 30 minutos, Cech voltou a mostrar que é um dos melhores goleiros do mundo ao defender um chute à queima-roupa do atacante Fernando Torres. Um minuto antes, Drogba reclamou de pênalti cometido sobre ele pelo zagueiro Carragher. O lance, duvidoso, foi ignorado pelo árbitro austríaco Konrad Plautz.

No entanto, a defesa menos vazada do torneio cochilou e o Liverpool acabou abrindo o placar aos 43. Após um vacilo de Lampard, Mascherano achou Kuyt dentro da área (em posição duvidosa) que, mostrando faro de gol, colocou por baixo das pernas de Cech. O holandês, por sinal, foi o herói dos Reds na semifinal da última temporada contra o próprio Chelsea (ele converteu o pênalti que garantiu a vitória).
Pressão dos Reds na segunda etapa
Na segunda etapa, o Liverpool, apoiado pela torcida que lotou Anfield Road, entrou disposto a buscar o segundo gol para conseguir uma vantagem maior na segunda partida. Xabi Alonso, Torres, Babel e Gerrard sufocavam a defesa dos Blues, que se segurava como podia.

Aos 16 minutos, os Reds reclamaram de um pênalti. Após cruzamento de Gerrard, a bola bateu no braço de Ballack dentro da área. No entanto, o juiz achou que o lance não foi intencional e não marcou nada.

Apenas aos 22 minutos o Chelsea conseguiu sair do seu campo de defesa levando perigo. E que perigo. Malouda, em jogada individual, deu um corte seco em Arbeloa (que ficou no chão) e chutou rente à trave de Reina.

Riise falha feio

Sentindo o crescimento do Chelsea na partida, o técnico Rafa Benítez tirou Babel e colocou o israelense Benayoun, meia com características um pouco mais defensivas que o holandês.
Mas, para azar do técnico espanhol, Riise, que também entrou na segunda etapa no lugar do brasileiro Fábio Aurélio, em um lance bisonho após cruzamento de Kalou, marcou contra aos 49 minutos da segunda etapa.