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22 de ago. de 2008

Sem Brasil e com domínio "inglês", Uefa divulga lista

A Uefa divulgou, nesta sexta-feira, uma lista com 20 jogadores candidatos ao prêmio de Melhor Jogador da Temporada 2007/2008. O domínio da Inglaterra foi absoluto, já que apenas três dos atletas indicados não atuam no futebol do país.

O atacante português Cristiano Ronaldo, que está na lista divulgada, é apontado por muitos como o favorito a levar o prêmio, depois da temporada passada, quando comandou o Manchester United na vitória da Copa dos Campeões e no Campeonato Inglês.

A escolha foi realizada pelos treinadores das 16 equipes que chegaram às oitavas-de-final da última Liga. O vencedor do prêmio será divulgado na próxima quinta-feira, durante o sorteio dos grupos da competição contintental.

O Brasil, que teve Kaká e Ronaldinho como ganhadores das últimas duas edições do prêmio, não teve representantes desta vez.

Confira os 20 nomes indicados:

Goleiros: Manuel Almunia (Arsenal), Petr Cech (Chelsea), Manuel Neuer (Schalke 04), Pepe Reina (Liverpool) e Edwin van der Sar (Manchester United)

Defensores: Jamie Carragher (Liverpool), Rio Ferdinand (Manchester United), Carles Puyol (Barcelona), John Terry (Chelsea) e Nemanja Vidic (Manchester United)

Meiocampistas: Michael Essien (Chelsea), Cesc Fàbregas (Arsenal), Steven Gerrard (Liverpool), Frank Lampard (Chelsea) e Paul Scholes (Manchester United)

Atacantes: Didier Drogba (Chelsea), Lionel Messi (Barcelona), Cristiano Ronaldo (Manchester United), Wayne Rooney (Manchester United) e Fernando Torres (Liverpool)

Dunga convoca 9 olímpicos; flamenguista é surpresa

No mesmo dia em que comandou a Seleção Brasileira na vitória sobre a Bélgica por 3 a 0, que garantiu à equipe a medalha de bronze olímpica, o técnico Dunga anunciou a convocação dos 22 jogadores para os confrontos contra Chile e Bolívia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2010.

Nove jogadores que fizeram parte da campanha brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim foram chamados pelo treinador. O lateral-esquerdo Juan, do Flamengo, foi a principal novidade da lista.
Quinto colocado das Eliminatórias com nove pontos, o Brasil encara a seleção chilena no dia 7 de setembro, em Santiago. Três dias depois, a Seleção recebe a Bolívia, no Estádio João Havelange, no Rio de Janeiro.

Contestado após a derrota para a Argentina na semifinal do torneio e a conseqüente impossibilidade de conquista da inédita medalha de ouro, Dunga se manteve no cargo e desabafou nesta sexta, depois do triunfo sobre o time belga. "Posso até estar errado às vezes, mas pelo menos trabalho", afirmou o comandante.

Confira a lista de convocados:
Julio César - Inter de Milão
Renan - Internacional
Maicon - Inter de Milão
Rafinha - Schalke 04
Lúcio - Bayern de Munique
Alex Silva - São Paulo
Juan - Roma
Luisão - Benfica
Kleber - Santos
Juan - Flamengo
Gilberto Silva - Panathinaikos
Lucas - Liverpool
Elano - Manchester City
Josué - Wolfsburg
Anderson - Manchester United
Diego - Werder Bremen
Julio Baptista - Roma
Ronaldinho - Milan
Robinho - Real Madrid
Luís Fabiano - Sevilla
Rafael Sobis - Real Bétis
Jô - Manchester City

Com recorde mundial, Jamaica leva ouro no revezamento; Brasil é 4º

Com direito a mais um recorde mundial, a Jamaica consolidou a sua hegemonia nas provas de velocidade do atletismo no Ninho de Pássaro de Pequim ao dominar o revezamento 4 x 100 m masculino dos Jogos Olímpicos.

O quarteto comandado por Usain Bolt e Asafa Powell (e que tinha Nesta Carter e Michael Frater) conquistou o ouro da prova ao correr em 37s10. O revezamento brasileiro, que correu com Vicente Lenílson, Bruno Tenório, José Carlos Moreira e Sandro Viana, terminou no quarto lugar com o tempo de 38s24.

Sandro Viana ressaltou a capacidade dos brasileiros de reverter uma situação adversa. "Nós chegamos teoricamente inferiores, mas com nossa criatividade, nosso jeitinho brasileiro, conseguimos reverter isso. Infelizmente todas as provas que disputamos são fortes como essa, que teve a quebra de recorde mundial. Mas não há frustração", disse ao Sportv.

A equipe de Trinidad e Tobago ficou com a medalha de prata, com o tempo de 38s06, seguido pelo quarteto japonês, com 38s15, apenas nove centésimos a frente dos brasileiros.

Vale lembrar que o revezamento norte-americano, um dos favoritos ao ouro olímpico, e que tinha Tyson Gay no quarteto, não passou da semifinal ao deixar o bastão cair na passagem.

Os jamaicanos, de quebra, se tornaram o primeiro time da América Central a triunfar na prova na história olímpica, e ainda superaram o recorde mundial de 37s40, estabelecido pelos EUA na final das Olimpíadas de Barcelona-1992 (com Michael Marsh, Leroy Burrell, Dennis Mitchell e Carl Lewis) e em Stuttgart-1993 (com Burrell, Mitchell e mais Jon Drummond e Andre Cason).

Com a performance, Usain Bolt se consolida como um dos principais nomes do atletismo nas Olimpíadas. Além da marca no revezamento, ele havia superado os recordes mundiais dos 100 m e 200 m rasos nas duas finais dos eventos.

Brasil vence Itália, vai à final do vôlei e tem chance de se vingar dos EUA

Demorou sete jogos, mas o verdadeiro voleibol do Brasil finalmente apareceu nos Jogos Olímpicos de Pequim. E justo no momento que mais precisava ser mostrado. Nesta sexta-feira, a equipe masculina do país fez uma grande partida, venceu a Itália por 3 sets a 1 (19-25, 25-18, 25-21 e 25-22) e se classificou para decidir o campeonato contra os Estados Unidos.

Depois de um primeiro set ruim, a equipe brasileira se encontrou em quadra. Com grandes atuações do ponteiro Giba e do meio-de-rede Gustavo, o time mostrou pela primeira vez na China porque domina o cenário internacional do vôlei há sete anos. E porque é o favorito ao ouro em Pequim.

Na final olímpica pela segunda vez seguida, a equipe do técnico Bernardinho terá pela frente um adversário que está engasgado: os Estados Unidos, responsáveis pela eliminação do Brasil na semifinal da Liga Mundial no Rio de Janeiro, no mês passado.

A decisão da medalha de ouro em Pequim acontecerá à 1h (de Brasília) do próximo domingo. Um pouco antes, Itália e Rússia jogarão pelo bronze nos Jogos Olímpicos.

Na semifinal, o Brasil precisou jogar muito para vencer um adversário capenga. A Itália, potência mundial que nunca foi campeã olímpica, entrou em quadra sem o seu principal jogador, o oposto Fei, e com o ponteiro Paparoni improvisado na posição de líbero.

Mesmo assim, a Itália jogou como quis no primeiro set. O Brasil entrou apático em quadra, permitindo que os europeus dominassem totalmente a parcial. Irreconhecível, a seleção brasileira não conseguiu achar uma forma de marcar o ataque italiano. Além disso, falhou em alguns contra-ataques.

Um ataque do levantador Vermiglio fez a Itália abrir sete pontos de vantagem (9-2). Bernardinho tentou mudar o panorama da partida, fazendo a inversão 5-1 (troca dos levantadores pelos opostos). A tática, entretanto, não deu resultado. Apesar de ter mais velocidade com Bruno no lugar de Marcelinho, o Brasil não conseguiu reagir.

Um bloqueio em André Heller e um ace de Cisolla deixaram o placar em 23-17. A Itália, então, precisou apenas virar duas bolas. E com um erro de saque de André Heller, fechou a parcial em 25 a 19, em 23 minutos.

O Brasil voltou com uma atitude completamente diferente no segundo set. Muito mais vibrante, a seleção apresentou o voleibol que a levou à medalha de ouro em Atenas-2004 e ao bicampeonato mundial de 2002 e 2006.

O ponto da reação brasileira foi o 5-3 conseguido por Giba após explorar um bloqueio. O ponteiro vibrou intensamente, contagiando os companheiros de equipe. O resultado foi o espetáculo dado em quadra. Com um ataque de André Heller no meio, o Brasil abriu 14-8.

A Itália ainda tentou reagir. Cisolla aproveitou um erro de passe brasileiro para derrubar a diferença para apenas três pontos (16-13). Mas os brasileiros controlaram os nervos. E Bruno, que entrou no final do set no lugar de Marcelinho, fez um ace que decretou a vitória brasileira por 25-18, em 26 minutos.

A terceira parcial foi mais equilibrada. Um bloqueio duplo em Mastrangelo deu ao Brasil uma ligeira vantagem (5-4). A seleção aumentou a diferença para 9-7 com Murilo, que entrou no lugar de Dante na metade da parcial anterior.

A situação da Itália ficou ainda mais complicada quando o meio-de-rede Mastrangelo deixou a quadra carregado pelos companheiros após torcer o tornozelo esquerdo. Logo em seguida, o técnico Andrea Anastasi promoveu a entrada de Fei, mesmo sem condições ideais de jogo. O Brasil aproveitou o desespero italiano para fechar o set em 25 a 21, com um ataque de André Nascimento que bateu no bloqueio e foi para fora.

A vantagem brasileira deixou a Itália nervosa. Errando bastante, a equipe européia foi para o primeiro tempo técnico do quarto set perdendo por 8-4. Já o Brasil, com o bloqueio afiado, controlou o jogo.

Mesmo assim, a Itália não se entregou. Um bloqueio de Zlatanov sobre André Nascimento deixou o placar no perigoso 18-17. Mas Murilo, com um bloqueio e um bom saque, fez 22-19. E o próprio ponteiro deu a vitória ao Brasil, em 25-22, com um ataque de fundo.

Seleção de Dunga bate Bélgica e se despede da China com o bronze

A seleção brasileira juntou os cacos após a goleada sofrida para a Argentina e se despediu das Olimpíadas de 2008 com a medalha de bronze no futebol masculino. Nesta sexta-feira, o time de Dunga venceu a Bélgica por 3 a 0, em Xangai, e terminou o torneio em terceiro lugar.

Os gols de Diego e Jô (dois) garantiram a quarta medalha do Brasil no futebol masculino. Em 1984 e 1988, a equipe pentacampeã mundial ficou com a prata. Em 1996, o time também foi bronze. O futebol tem outras duas premiações em Jogos, mas com as mulheres: prata em 2004 e 2008.

A final das Olimpíadas entre Argentina e Nigéria será no sábado, à 1h (de Brasília), no estádio Ninho do Pássaro. Na semifinal, os hermanos venceram os brasileiros por 3 a 0 e acabaram com o sonho do Brasil em conquistar seu primeiro ouro olímpico no futebol. Os argentinos, campeões em 2004, tentam o bi.

A cerimônia de entrega das medalhas será após a decisão. Ao contrário de 1996, quando se recusou a subir no pódio, a CBF reserva espaço na programação para a presença da seleção no estádio para receber o bronze. A equipe deve chegar ao Brasil no domingo.


Muito criticado pela derrota para o maior rival na China, o técnico Dunga terá dois testes decisivos para sua permanência na seleção em setembro, pelas eliminatórias. No dia 7, a seleção principal enfrenta o Chile, fora de casa. Três dias depois, o treinador terá seu primeiro encontro com a torcida brasileira após a perda do ouro olímpico: no Rio, o Brasil recebe a Bolívia no estádio Olímpico João Havelange (Engenhão).

A situação da equipe nas eliminatórias não é confortável. Com apenas nove pontos em seis partidas, a seleção está na quinta colocação, atrás de Paraguai (13), Argentina (11), Colômbia e Chile (10).

Os quatro primeiros se classificam diretamente para a Copa do Mundo na África do Sul em 2010. O quinto lugar terá que disputar uma repescagem contra o quarto colocado nas eliminatórias da Concacaf.
Em Xangai, Dunga escalou Jô no ataque ao lado de Ronaldinho, deixando Rafael Sobis e Alexandre Pato no banco. Os dois primeiros gols do Brasil saíram em jogadas pela direita do ataque, no primeiro tempo. Primeiro, aos 27, Jô deixou com Rafinha, que cruzou para Diego pegar de primeira, entre dois zagueiros, e acertar o canto do goleiro Bailly: 1 a 0. Aos 45, foi a vez de Ronaldinho achar Ramires entre a defesa. O cruzeirense bateu cruzado, e o goleiro pegou. No rebote, Jô, de cabeça, fez 2 a 0 para o Brasil.

Na etapa final, o Brasil pouco atacou, segurou o resultado e conseguiu o terceiro aos 47, em uma arrancada de Jô do meio-campo.

Por um centímetro, Maurren leva o ouro no salto em distância

Sem a portuguesa Naide Gomes nem a russa Lyudmila Kolchanova na concorrência, a brasileira Maurren Maggi cumpriu o seu papel de grande favorita nos Jogos Olímpicos de Pequim. Na final do salto em distância, nesta sexta-feira, a atleta atingiu a marca de 7,04 metros, a melhor dela na temporada, logo no primeiro salto e conquistou a medalha de ouro por um centrímetro de vantagem sobre a russa Tatyana Lebedeva.


O feito da atleta, 32 anos, quebra mais tabus para o esporte brasileiro em Pequim. É a primeira medalha de ouro de uma mulher em esporte individual, além do País voltar a ocupar o lugar mais alto do pódio no atletismo desde a conquista dos 800 m por Joaquim Cruz em Los Angeles 1984.

Para a decisão desta sexta, Maurren teria que superar Lebedeva para ficar com o ouro. Isso porque enquanto a brasileira tem como melhor marca na carreira um 7,26 m, a rival cravara 7,33 m em 2004.

Lebedeva, contudo, havia alcançado até então a distância máxima de 6,97 m na primeira tentativa. A disputa foi até o último salto, quando a rival da brasileira causou nervosismo e saltou 7,03 m para ficar com o segundo lugar.

Confirmado o resultado - que veio por um triz -, Maurren não se conteve. Correu chorando, pegou uma bandeira do Brasil e uma pequena bandeira da China, abraçou o técnico Nélio Moura e teve que ser retirada da pista pela organização, já que poderia atrapalhar uma prova de pista que estava acontecendo no mesmo momento.

No ponto mais alto do pódio, a atleta brasileira fez muita festa, mas não conseguiu segurar a emoção no momento que tocou o Hino Nacional no Estádio Ninho de Pássaro.

O bronze vai para a nigeriana Blessing Okagbare, que conquistou a vaga na decisão em cima da hora, era uma das candidatas mais fracas da disputa, mas fez sua melhor marca particular, com 6,91 m.

É a primeira medalha do atletismo em Pequim, defendendo a honra da tradicional modalidade que esteve perto de passar em branco em Atenas. Na Grécia, foi o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima no último dia de disputas que impediu um retorno completo de mãos abanando da delegação.

Fã de cozinha chinesa e dona de "Leão", ursinho de pelúcia que a acompanha em todas as competições, a saltadora brasileira confirmou as próprias expectativas. Com 14 medalhas olímpicas conquistadas (terceira modalidade em número de pódios no país), o atletismo só tinha homens medalhistas até hoje.

Determinada e confiante para a final, principalmente pela eliminação precoce das principais concorrentes, Maurren brilhou no Ninho de Pássaro. Foi uma das poucas a bater palmas e pedir apoio ao público. E ainda conseguiu melhorar sua vantagem para as rivais, já que entrou na disputa com a melhor marca do ano entre as finalistas (6,99 m), na etapa de São Paulo do Grande Prêmio Brasil de atletismo. As duas melhores marcas à frente eram, justamente, das eliminadas: 7,12 m para Gomes e 7,04 m para Kolchanova.

Experiente e de volta às competições, Maurren vê a volta por cima com o ouro, já que a ausência em Atenas 2004 foi uma das distâncias mais difíceis de serem superadas por ela. Com doping positivo constatado em 2003, às vésperas dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, a brasileira acabou suspensa por dois anos e cogitou a possibilidade de encerrar a carreira.

"Há males que vêm para bem", adiantara a brasileira, em entrevista ao Terra antes do início dos Jogos. A consciência de que poderia brigar por um lugar no pódio partiu de uma boa pré-temporada, realizada em Madri, na Espanha, e de um primeiro contato com a capital chinesa em 2001, quando ainda disputava os Jogos Mundiais Universitários.

Suspensa pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) após ser flagrada em exame antidoping, em 2003, Maurren foi casada com o piloto Antônio Pizzonia, com quem teve uma filha, Sophia. Mais madura e experiente, um ano depois de retornar ao esporte, em 2007, ela levou a medalha de ouro no Pan do Rio de Janeiro e foi segunda colocada no Mundial Indoor de Valência, na Espanha.

Outra brasileira na disputa, Keila Costa alcançou 6,43 m, mas pecou pelo nervosismo na prova. A atleta queimou as duas primeiras tentativas, também pediu palmas ao público como Maurren, mas fecha sua participação em Pequim como a penúltima colocada, eliminada antes mesmo das rodadas finais.

Duas duplas brasileiras no pódio do vôlei de praia masculino

Márcio e Fábio Luiz perdem para americanos e ficam com a prata


Sol, calor, arena cheia, dançarinas de biquíni e emoção até o último ponto. Todos os atrativos de um jogo de vôlei de praia apareceram nesta sexta-feira na final da modalidade nos Jogos Olímpicos de Pequim. O resultado, entretanto, não foi o que o Brasil esperava. Márcio e Fábio Luiz perderam para os norte-americanos Phil Dalhausser e Todd Rogers por 2 sets a 1, com parciais de 23-21, 17-21 e 15-4, e ficaram com a medalha de prata.
Desacreditados no começo do campeonato, pela temporada ruim que vinham fazendo, Márcio e Fábio Luiz levaram a terceira medalha de prata brasileira na Olimpíada de Pequim. O país ainda tem uma medalha de ouro e outras seis de bronze.

O pódio do torneio masculino de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Pequim tem duas bandeiras brasileiras, uma vez que Ricardo e Emanuel, campeões em Atenas-2004, conquistaram a medalha de bronze ao vencerem Jorge e Renatão, brasileiros que atuam pela Geórgia.

"Não tenho muitas palavras para dizer. Às vezes, não acertamos. Não é fácil. Em um momento como esse, ficamos com o gostinho de quero mais" - Márcio"Fiquei feliz por ter ficado com a medalha de prata, mas queria o ouro. Ninguém queria o ouro mais do que eu. Mas a vida é isso aí" - Fábio Luiz

Antes da decisão, as duplas de Estados Unidos e Brasil trocaram farpas. Os norte-americanos afirmaram que gostaram de escapar de Ricardo e Emanuel. Os brasileiros retrucaram, dizendo que iriam dar a resposta em quadra. Apesar disso, o jogo não foi tenso. Os jogadores não trocaram provocações ou ofensas.

Na final, a dupla brasileira começou de maneira arrasadora. Com um excelente desempenho de Fábio Luiz no bloqueio e dois erros dos norte-americanos, a parceira verde-amarela abriu 6 a 1 de vantagem.

Mas os brasileiros não souberam administrar o placar. Apoiados pela torcida, os norte-americanos reagiram. O empate (10-10) aconteceu em um bloqueio de Dalhausser sobre Fábio Luiz.

As equipes passaram a virar as bolas até Fábio Luiz errar um ataque e dar a vitória aos norte-americanos por 23 a 21 no primeiro set.

O equilíbrio se manteve na segunda parcial. O Brasil conseguiu uma pequena vantagem (5-3) após ataque de Márcio. Mas com dois erros de Fábio Luiz, os norte-americanos viraram o placar para 9-8.

Os brasileiros ficaram nervosos e passaram a cometer erros. O time dos Estados Unidos, jogando de maneira mais sólida, aproveitou o momento ruim do Brasil para fazer 13-10. Dois aces de Márcio, entretanto, colocaram os brasileiros de volta no jogo.

Foi então que apareceu o jogo de Fábio Luiz. Com dois bloqueios seguidos ele ajudou a equipe a fazer 18-15. Um erro de saque do carequinha Dalhausser fechou o set em 21 a 17 e levou a decisão para o tie-break.

No set de desempate, Dalhausser se redimiu, marcando 3 a 0 para os Estados Unidos. Os brasileiros se desesperaram. Com três erros seguidos, viram os adversários abrirem 6-1 no placar.

Márcio e Fábio Luiz pediram tempo, tentando acertar uma reação. Mas três bloqueios seguidos de Dalhausser deixaram a partida com incríveis 9-1 para os norte-americanos. A diferença foi crucial para a definição do campeão. Um bloqueio de Dalhausser fechou a partida em 15 a 4.

Ricardo e Emanuel vencem disputa 'brasileira' e ficam com o bronze


Ricardo e Emanuel venceram na noite desta quinta-feira uma disputa 'brasileira' e conquistaram a medalha de bronze no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Pequim. Na decisão do terceiro lugar eles derrotaram Jorge e Renatão, que apesar de terem nascidos no Brasil atuam pela Geórgia, pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 21-15 e 21-10.

Esta foi a nona medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, sendo a sexta de bronze. Antes, o país conquistou também um ouro, obtido com César Cielo nos 50 m livre da natação, e duas pratas (futebol feminino e Robert Scheidt na classe Star da vela).

Campeões olímpicos em Atenas-2004, Ricardo e Emanuel começaram os Jogos de Pequim como favoritos ao ouro. Mas na China a dupla não conseguiu repetir o bom desempenho que a levou aos títulos das cinco temporadas do Circuito Mundial.

"Há dois dias sofri muito pela semifinal, mas sempre existe um sol depois da derrota e esse é o nosso sol. Obrigado a todos que nos apoiaram. Passamos quase 20 dias aqui focados e sentimos essa emoção agora. É muito bacana representar o nosso país e ganhar uma medalha" - Emanuel
A parceria sofreu com as dores de Ricardo, que teve uma pequena fratura no tornozelo esquerdo antes do início dos Jogos. Assim, acabou eliminada pelos brasileiros Márcio e Fabio Luiz nas semifinais.

Na disputa do bronze, Ricardo e Emanuel confirmaram o favoritismo e venceram Jorge e Renatão com facilidade. As duplas já haviam se enfrentado quatro vezes, e nas quatro vezes anteriores os campeões de Atenas também tinham saído vitoriosos.

Sem resultados de expressão no Brasil, Jorge e Renatão foram para fora do país tentar a vaga olímpica. E a dupla, que atua sob o pseudônimo de Geor e Gia, conseguiu um surpreendente quarto lugar em Pequim.

Diante de Ricardo e Emanuel, Jorge e Renatão pouco puderam fazer. Os georgianos sucumbiram diante da melhor qualidade técnica dos adversários. Os bloqueios de Ricardo e as defesas de Emanuel fizeram a diferença na partida, para a alegria da torcida brasileira, que compareceu em bom número na Arena de Chaoyang.

Depois, os torcedores ainda aguardaram a decisão do campeonato, entre os brasileiros Márcio e Fábio Luiz e os norte-americanos Todd Rogers e Phil Dalhausser, e viram a dupla nacional ficar com a prata.