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13 de out. de 2008

Jankovic dispara na liderança; Safina passa Serena

A conquista do terceiro título consecutivo, no último domingo, do Torneio de Moscou, rendeu à sérvia Jelena Jankovic não somente o posto de número um do mundo, mas, também, o recorde pessoal de 4.555 pontos no ranking da WTA (Associação das Tenistas Profissionais).

Com esta pontuação, a tenista da Sérvia abriu 773 pontos da nova número dois, Dinara Safina, que está com 3.782 pontos, e ultrapassou a marca de 800 pontos de vantagem sobre a ex-número um, a norte-americana Serena Williams, que atualmente encontra-se na terceira colocação da lista com 3.717 pontos.

Devido ao fato de Safina só disputar, até o final da temporada, os Masters de Doha e Zurique e Serena jogar somente na competição no Catar, Jankovic terminará o ano na liderança do ranking, pois suas adversárias não terão chances de alcançá-la.

Já no restante da lista das melhores do mundo, a também sérvia Ana Ivanovic conquistou uma posição, estando, atualmente, em quarto lugar devido à queda para quinto da russa Elena Dementieva, que foi prejudicada após ser eliminada precocemente no Torneio de Moscou, competição em que defendia o título.

Confira a relação das dez primeiras colocadas:
1. Jelena Jankovic (SER) - 4555 pontos
2. Dinara Safina (RUS) - 3782
3. Serena Williams (EUA) - 3717
4. Ana Ivanovic (SER) - 3289
5. Elena Dementieva (RUS) - 3235
6. Maria Sharapova (RUS) - 3040
7. Svetlana Kuznetsova (RUS) - 2835
8. Vera Zvonareva (RUS) - 2372
9. Venus Williams (EUA) - 22471
0. Agnieszka Radwanska (POL) - 2126

Kaká deixará marca na Calçada da Fama do Maracanã

Depois de Garrincha, o próximo craque a deixar sua marca na Calçada da Fama do Maracanã, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, será Kaká. O meia do Milan, eleito o melhor jogador do mundo em 2007, pela Fifa, marcou dois gols no último jogo da Seleção no estádio, na goleada por 5 a 0 sobre o Equador, em outubro de 2007.

"Será uma grande honra me reunir a tantos jogadores consagrados. O Maracanã é um símbolo do futebol e estou muito feliz pela lembrança do meu nome", disse Kaká ao site da CBF. O meia, aliás, anotou um gol no último domingo, na vitória por 4 a 0 sobre a Venezuela, em San Cristóbal, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010.

Quem também será homenageado antes do duelo com a Colômbia, nesta quarta-feira, no Maracanã, é Robinho. O atacante, autor de um belo drible na goleada sobre os equatorianos, verá o lance ser registrado em uma galeria de fotos no hall do Maracanã.

Brasileiro Christian marca o gol 60 mil do Campeonato Mexicano

O atacante brasileiro Christian (ex-Internacional), que atualmente defende o Pachuca, do México, marcou o gol número 60 mil da história do Campeonato Mexicano, na partida contra o Santos Laguna, pela 12ª rodada do torneio, segundo levantamento elaborado pela emissora "Televisa".

O jogador, que chegou ao clube mexicano há poucos meses vindo da Portuguesa, entrou em campo aos 13 minutos do segundo tempo, e três minutos depois aproveitou o rebote do goleiro para marcar o gol histórico.

Desde sua estréia na equipe do Pachuca, em 26 de julho, Christian disputou apenas sete partidas, todas incompletas, e na maioria delas começando no banco de reservas.

A "Televisa" entregará ao atacante um cheque de 60 mil pesos (pouco mais de US$ 4 mil) para ser doado em dezembro ao programa beneficente Teletón, de apoio às crianças deficientes.
Além de Christian, os brasileiros Itamar (ex-Goiás, São Paulo e Palmeiras), do Jaguares Chiapas, e Fabiano (ex-São Paulo e Santos), do Puebla, marcaram na rodada.

Itamar é o vice-artilheiro do torneio, com seis gols, um a menos que o chileno Raúl Mancilla, do Toluca, e o paraguaio Ariel Bogado, do Atlas, empatados na liderança.

Com 127 kg, lutadora de 14 anos é atração em Mundial

Com apenas 14 anos, Samantha Jane Stacey tem 127 kg. Em média, a australiana engordou 9 kg a cada ano de vida. Ela é atleta mais jovem da delegação de seu país no Campeonato Mundial júnior de sumô disputado na Estônia.

Diferente da maioria das garotas de 14 anos, que estariam preocupadas com metade de seus quase 130 kg, a lutadora da Austrália se diz "honrada de representar seu país". A meta agora é se acostumar com a rotina na Estônia após 30 horas de viagem da Oceania.

Ela começou a praticar sumô influenciada pelo irmão Blake, com o qual costumava ver as lutas pela televisão. "Eu estava treinando com meu irmão e o treinador dele sugeriu que eu praticasse", explicou a jovem. Ela garante que sua forma física é naturalmente avantajada.

Stacy nega fazer uso de uma dieta hipercalórica para se manter acima do peso. "Não preciso comer nada extraordinário: tenho uma situação médica que não me permite emagrecer. O efeito colateral é que pareço obesa, mas de fato sigo uma dieta saudável".

O pai de Samantha Jane Stacey é um dos principais incentivadores da jovem lutadora. "Minha filha nasceu para o sumô", diz ele. "O físico avantajado é uma coisa de família. Um tio da Samantha media 2,10 m e pesava entre 180 kg e 200 kg".

Após maratona, Seleção chega ao Rio e cancela treino

Após uma verdadeira maratona de 14 horas, a delegação da Seleção Brasileira desembarcou na manhã desta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Graças aos imprevistos e o cansaço, a comissão técnica cancelou o treino que os reservas realizariam nesta tarde, na Gávea, visando o jogo desta quarta, às 22h (de Brasília), contra a Colômbia, no Maracanã.

Isso entretanto, não garantirá a segunda de folga aos atletas, que realizarão trabalhos de recuperação e relaxamento muscular no hotel onde o grupo está concentrado, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro.

O trânsito que o ônibus da Seleção enfrentou no Rio nesta manhã é o menor dos transtornos em uma madrugada inesquecível para os jogadores.

A Seleção deixou o estádio após a goleada por 4 a 0 sobre a Venezuela, no último domingo, às 20h (de Brasília), uma hora após o término do jogo, rumo ao Aeroporto de Santo Domingo, a 40 minutos do centro de San Cristóbal, local da partida.

O primeiro problema foi no local. O avião que levaria a equipe não pôde pousar por falta de iluminação na pista. A delegação teve que seguir para Vigia, distante quatro horas de ônibus de Maracaibo, local onde finalmente a Seleção seguiu de vôo fretado para o Rio de Janeiro, em uma viagem de oito horas.

Pior para o técnico Dunga, que desta forma perde um dia de treinamentos com o grupo. O grupo só voltará a treinar na tarde desta terça, no Maracanã.

O Brasil é o vice-líder das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2010. A equipe tem 16 pontos, quatro atrás do líder Paraguai.

Zersenay Tadese sobra no Mundial de Meia Maratona no Rio

Assim como no feminino, a prova masculina também teve um campeão indiscutível. Zersenay Tadese, da Eritréia, venceu o Mundial de Meia Maratona no Rio de Janeiro na manhã deste domingo com a marca de 59m56s, praticamente dois minutos abaixo do segundo colocado, o queniano Patrick Makau Musyoki. Ahmad Hassan Abdullah, do Catar, completou o pódio. O brasileiro Marílson Gomes dos Santos terminou em oitavo, com o tempo de 1h03m14s.


Ao contrário dos anos anteriores, quando atletas do primeiro escalão mundial não disputavam, a etapa de 2008 contou com o melhor da Meia Maratona mundial. A dificuldade era tamanha, que no quilômetro sete o brasileiro Marílson Gomes dos Santos já se encontrava a 11 segundos do pelotão dos líderes, liderado desde o início por Zersenay Tadese.

Segundo Tadese, a facilidade encontrada tem um motivo: determinação.

- O tempo estava quente (cerca de 25º C), úmido, mas só pensei em vencer – diz à TV Globo.

O melhor colocado do Brasil, Marílson Gomes dos Santos, ficou satisfeito com o resultado.

- O calor estava muito forte durante a prova, até os africanos sentiram esta pressão. Mesmo assim, valeu pelo resultado que me deixou bastante feliz. Este ano foi de preparação para a Olimpíada de Pequim e depois dos Jogos não havia competido ainda, por isso estava um pouco fora de forma – avalia.

Na prova por equipes (somatório dos competidores), o Quênia levou a melhor sobre Eritréia: 3h07m24s contra 3h09m24s. Catar completou o pódio, com 3h10m52s. O Brasil, representado também por Giomar da Silva (20º), João de Lima (27º), Franck Caldeira (28º) e Ivanildo dos Anjos (51º), terminou em quinto.

Simão Romão é campeão do Rio Surf Pro International no Arpoador

O público carioca que compareceu em massa todos os dias do Rio Surf Pro International, etapa carioca do WQS, na Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro foi presenteado neste domingo com um verdadeiro show de surf. Simão Romão venceu a final contra o sul-africano Greg Emslie, e, além de levar a torcida ao delírio, de quebra subiu 27 posições no ranking do WQS – segunda divisão do surfe mundial.


Assim que ouviu a buzina anunciando o fim da bateria, o carioca, que vencera a semifinal por um décimo, foi ao encontro dos amigos. Sem controlar a felicidade, Simão comemorou erguendo a prancha como se fosse um troféu no alto da pedra do Arpoador.

- Há dois anos eu tive um sonho muito real. Sonhei que ganhava um campeonato muito importante aqui no Arpoador. Me agarrei nesse sonho e corri atrás. Hoje consegui realizar isso. Estou muito feliz - diz o surfista, que saiu carregado da água pelos companheiros.

A vitória do brasileiro foi importante, mas nem um pouco fácil. Em uma bateria difícil e equilibrada, Simão sabia que qualquer erro poderia ter sido fatal.

- Essa bateria foi muito difícil. Não tinham muitas ondas. Entrei na final sabendo do potencial do Greg, que é experiente e manda muito bem. Eu teria que surfar muito para ganhar ele. Sei que não consegui pegar as ondas que eu queria, mas foi o suficiente para sair daqui campeão -analisa.

Com o resultado no Arpoador, Simão Romão ganhou 27 posições no ranking do WQS – foi para a 18º colocação - e se aproximou da área de classificação para a elite do surfe mundial – os 15 melhores entram para o WCT.

Renault minimiza o desempenho de Nelsinho Piquet e mantém a 'ameaça'

A quarta colocação de Nelsinho Piquet no GP do Japão, depois de largar em 12º, não foi suficiente para acabar com as dúvidas sobre a permanência do piloto na Renault em 2009. O diretor da equipe, Flavio Briatore, disse que o bom desempenho teve pouco impacto e que a decisão da equipe será tomada apenas no fim do ano.


Perguntado se a performance do brasileiro tinha garantido a ele a permanência, Briatore negou. Lucas di Grassi, piloto de testes da equipe, é apontado como possível substituto.

- Não, não. Já dissemos que faremos tudo no fim do ano. Uma única corrida não muda nossas idéias. No fim da temporada, olharemos tudo o que foi realizado.

O GP do Japão foi a melhor prova de Nelsinho na F-1, e garantiu à Renault pontos valiosos. Briatore, no entanto, minimizou o resultado.

- É normal que ele comece a fazer isso – diz Briatore.

Verdão é o último confronto direto do São Paulo na luta pelo título

Com o clássico deste domingo, contra o Palmeiras, no Palestra Itália, o São Paulo faz o último confronto direto contra os times que brigam forte pelo título. O Tricolor paulista já enfrentou Grêmio, Flamengo e Cruzeiro no turno e no returno da competição. Falta o Verdão. Até agora, o aproveitamento do time de Muricy Ramalho é positivo: 62%, segundo cálculos feitos pelo próprio clube.

A única equipe que derrotou o São Paulo duas vezes foi o líder Grêmio, com duas vitórias por 1 a 0. Contra o Cruzeiro, o time paulista empatou no Mineirão e venceu em casa. Diante do Flamengo, conseguiu duas vitórias. E contra o Palmeiras, no primeiro turno, triunfo por 2 a 1, no Morumbi.

Após vencer o Náutico por 1 a 0 em casa, no meio da semana, o São Paulo assegurou a quarta posição ao fim da 29ª rodada por causa da derrota do Flamengo para o Atlético-MG por 3 a 0. Com isso, o time paulista tem 52 pontos, quatro a menos do que o líder Grêmio.

Maracanã lotado: cenário de festa ou tragédia para os rubro-negros?

Que torcida não ganha jogo está provado desde a derrota da seleção brasileira na decisão da Copa de 1950, contra o Uruguai, diante de 200 mil torcedores no Maracanã. A questão, no entanto, é: até que ponto um cenário amplamente favorável pode influenciar negativamente em uma partida? Para o Flamengo, esse dilema tem tido respostas trágicas ultimamente, vide a derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG, sábado, pelo Brasileirão, diante de mais de 81 mil apaixonados incrédulos.


Na cola de Grêmio e Palmeiras, e sonhando com o hexacampeonato brasileiro, o Rubro-Negro preparou uma festa para a partida contra os mineiros. Os convidados marcaram presença, a trilha sonora estava pronta, mas faltou combinar com os jogadores rivais. E o sacode, além de praticamente colocar fim nas chances de título, trouxe a lembrança de outros filmes, que foram escritos com trechos de romance, mas com o fim do roteiro apontando para o terror.

Em situação muito semelhante, o Flamengo que celebrava a despedida de Joel Santana e o bicampeonato estadual foi eliminado pelo América do México da Taça Libertadores deste ano. Também por 3 a 0, também sem o capitão Fábio Luciano, também com o estádio lotado e também decepcionante. Os números mostram que partidas decisivas contra equipes de fora do estado são um tormento para o time da Gávea. Em 2007, eliminação da mesma competição aconteceu diante do Defensor-URU, dessa vez com vitória, por 2 a 0, insuficiente para esconde as lágrimas de milhares de rostos pintados de vermelho e preto.

Na verdade, o Rubro-Negro não despacha uma equipe que não seja carioca em final desde a Copa União de 1987, quando venceu o Internacional, por 1 a 0. De lá pra cá, Independiente-ARG (Supercopa 95), Grêmio (Copa do Brasil 97), Santos (Rio-São Paulo 97) e Santo André (Copa do Brasil 2004) vieram ao Rio, viram a massa rubro-negra e venceram.

As explicações se repetem, e as palavras de Caio Júnior, após o revés contra o Galo, foram as mesmas que ditas por Abel Braga, em 2004, Joel Santana, no "episódio Cabañas", entre outros:

- A torcida ficou envergonhada, como eu fiquei.

Rivais sofrem com a mesma sina
Se servir de consolo para os rubro-negros, o fantasma do "Maracanazo" não tem afetado apenas o Flamengo. O último título conquistado por um carioca no "Maior do Mundo" contra o time de fora foi do Vasco, em 2000, quando bateu o São Caetano por 3 a 1, na final do Brasileirão. Vice-campeonatos como os do Botafogo, na Copa do Brasil de 99, após empate com o Juventude, e do Fluminense, na Libertadores deste ano, diante da LDU, só servem para dar ainda maior veracidade a esta sina.

Clubes do Brasil não dão tanta importância à crise da economia mundial

A crise que tem abalado as bolsas de valores pelo mundo ainda não tira o sono dos dirigentes do futebol brasileiro, pelo menos a maioria deles. Muitos dizem que, sendo o Brasil um país formador de jogadores, só tem a ganhar com a subida da cotação do dólar. Outros, no entanto, preferem a cautela e acham que ainda é cedo para se fazer uma previsão sobre o que pode acontecer e como os cofres e as transações financeiras podem ser afetados.


Para Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, não há motivo para alarde, pois ele lembra que, pelo menos seu clube não costuma ser importador.

- Somos exportadores e para nós não tem problema. Nossa realidade independe do dólar. É melhor para exportar e aqui não influencia em nada. Talvez o São Paulo tenha vantagem para vender. A crise vai fazer efeito em clubes do exterior, que têm dinheiro em fundos de investimentos.

O mesmo diz o vice-presidente do Flamengo, Kleber Leite. Segundo ele, os clubes brasileiros não precisam se desesperar, já que a situação não é tão diferente de outras crises recentes.

- Essa crise não é muito diferente de outras que vivemos. É um momento que interfere, mas nada que seja o fim do mundo. É igual quando você descobre que tem uma doença. Não adianta sucumbir. Tem de encará-la.

No futebol gaúcho, os dois maiores clubes têm até motivos para comemorar. Internacional e Grêmio dizem que vão lucrar mais com a alta cotação do dólar.

- O Grêmio não tem problemas com essa crise. Os jogadores que trouxemos de fora (Morales e Orteman) pagamos à vista. Não temos compromissos financeiros em dólares ou euros. Sempre tomamos muito cuidado com isso, fixando uma variação máxima de 5% no câmbio. A crise não vai afetar o clube. Aliás, temos dinheiro a receber das negociações de Ronaldinho Gaúcho e Emerson. Um percentual cabe ao Grêmio, que é o clube formador, e o valor é fixado em euros. Como houve valorização da moeda, ganharemos mais dinheiro do que ganharíamos há alguns dias – diz Túlio Macedo, vice-presidente do Tricolor gaúcho.

Pedro Affatato, vice-presidente do Inter, vai na mesma toada do dirigente de seu maior rival.

- O Internacional está encontrando uma situação favorável com toda essa questão da variação cambial. Comercializamos alguns atletas, e o dinheiro que temos a receber é em dólares ou euros. Já os jogadores que compramos de fora, basicamente o D'Alessandro, estão quitados. Os demais são negociações nacionais. Por outro lado, é interessante que a situação econômica fique estável, já que o clube sempre precisa negociar atletas, e o câmbio desfavorável pode inibir a compra.

No Cruzeiro, a diretoria se mostra atenta ao que pode acontecer, caso a crise mundial se estenda por mais algum tempo. Porém, a atual situação financeira do clube é confortável.

- O presidente (Alvimar Perrella) considera que no momento esta crise não nos afetará em nada. Mas vamos ter que sentar e ver como ela vai afetar o Brasil, o que pode nos trazer conseqüências. O valor do dólar também não é uma preocupação no momento, já que os contratos são feitos com a cotação do dia em que foi assinado. Valores de patrocinador e cotas de TV também são em real – explica Guilherme Mendes, diretor de comunicação do Cruzeiro.

O Goiás pode perfeitamente se orgulhar de não ser afetado pela crise econômica, pelo menos em relação à alta do dólar. É o que diz o diretor financeiro, Altamiro Gonçalves.

- Não temos um dólar para ganhar e nem para pagar. O Goiás não deve nada para ninguém e tem pouca coisa para receber. Pode ser que essa crise nos afete em outras coisas, como renda e receita, mas em dólar não.

O Vitória, por outro lado, está dividido, com motivos para festejar, mas também para se preocupar: por ser um clube formador de jogadores, ganhará mais dinheiro nas transações para o exterior; mas tem uma dívida dolarizada de U$ 3 milhões com um parceiro e a alta da moeda americana torna a pendência mais cara. O Rubro-Negro baiano paga esta dívida em parcelas mensais, sem valor fixo.

- Não sentimos o recesso, mas com certeza vamos sentir em breve. Infelizmente, temos uma dívida dolarizada com um parceiro argentino. Nosso maior problema é a alta do dólar. Tomara que com a eleição do novo presidente americano o dólar caia para um valor mais razoável. O lado positivo é que somos um clube formador, e a venda de atletas para o exterior vai ser valorizada – afirma o vice-presidente financeiro, José Perdiz.

Há alguns clubes mais preocupados e bem menos otimistas, como Palmeiras, Corinthians, Sport e Botafogo. Nada desesperador, mas todos eles falam com bastante cautela quando se referem à crise.

- Não podemos fazer algumas operações, antes regulares, por causa da crise econômica internacional. Nós levávamos 48hs para realizar alguns empréstimos que agora são impossíveis. Acho que essa crise é mais grave do que a 1929 porque agora o mundo é global. O jeito é esperar a poeira abaixar. Isso não está acontecendo só com o Botafogo. Afeta todos os clubes do Brasil – diz Ricardo Rotenberg, colaborador da diretoria.

No Corinthians, há três casos em que o clube terá de pagar em dólar se não quiser perder atletas que têm contratos com término nos próximos meses : Herrera, Diogo Rincón e Morais. Segundo o diretor técnico, Antônio Carlos, há, sim, a necessidade de se ter cautela em relação a negociações feitas em moeda estrangeira.

- São situações complicadas, principalmente agora que o dólar está subindo. Mas vamos deixar para analisar isso quando chegar mais perto. Não tem como pensar agora. De qualquer maneira estamos atentos e negociando.

Para Toninho Cecílio, gerente de futebol do Palmeiras, as receitas do clube podem ser afetadas, pois, segundo ele, a torcida será mais cautelosa, pensará duas vezes antes de comprar artigos relacionados ao time.

- Num médio prazo, esperamos uma diminuição nas receitas do clube causada por essa crise. Principalmente na venda de ingressos e de camisas. Acredito que as pessoas vão segurar e não ir tanto aos jogos, nem comprar produtos do clube. No que se refere a contratações, teremos de ter cautela, pois certamente o mercado do futebol vai sentir os efeitos dessa crise.

O vice administrativo do Sport, Coronel Cerqueira, cita as negociações para renovações de contrato como um possível problema, mas torce pelo bom senso dos jogadores.

- Não teremos problemas na hora de renovar os contratos dos jogadores e o nosso presidente saberá encaminhar todo o processo. Os jogadores entenderão, que, se a crise vier, ela afetará a todos os clubes. É claro que eu torço para que isso não aconteça.

Ex-golfista espanhol anuncia luta contra tumor

O ex-golfista espanhol Severiano Ballesteros, 51 anos, tem um tumor cerebral. Ele mesmo divulgou a informação no último domingo, após passar por uma série de exames.


"Uma vez que pude informar aos meus três filhos pessoalmente e a mãe deles, agora posso comunicar minha doença", afirmou Ballesteros em um comunicado divulgado à imprensa espanhola.

Ganhador de cinco dos mais importantes torneios de golfe do mundo, o espanhol foi internado do domingo passado no Hospital La Paz de Madrid, após sofrer enjôos e perder a consciência.

"Depois de uma checagem exaustiva realizada no Hospital La Paz, foi detectado um tumor cerebral", disse o ex-golfista, campeão do Aberto Britânico em 1980 e 1983 e do Aberto dos Estados Unidos em 1979, 1984 e 1988.

Nesta quinta-feira, Ballesteros será submetido a uma biopsia para determinar o procedimento a seguir. Ao comentar a situação, o consagrado ex-golfista lembrou sua carreira.

"Durante toda minha trajetória, fui um dos melhores passando por obstáculos nos campos de golfe. Agora, quero ser o melhor no maior desafio de minha vida", declarou.

Ballesteros pediu respeito a sua família, especialmente para seus filhos, e agradeceu as demonstrações de afeto que recebeu desde que foi internado na capital espanhola.