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25 de mai. de 2008

Hamilton escapa de incidentes e vence corrida maluca em Mônaco

Ferrari erra na tática de Felipe Massa e tira triunfo do brasileiro

Em uma corrida maluca, Lewis Hamilton, da McLaren, venceu o GP de Mônaco neste domingo. A prova teve muitos imprevistos e começou com pista molhada no Principado. Robert Kubica, da BMW Sauber, foi o segundo e Felipe Massa, da Ferrari, ficou com a terceira posição.

A Ferrari, aliás, foi grande responsável pelo triunfo de Hamilton. Felipe Massa recuperou a liderança antes da primeira rodada de pit stops e a equipe apostou em um carro mais pesado e pneus intermediários. Com isso, o brasileiro teve de andar em um ritmo lento enquanto a pista secava. E, na segunda parada, o time italiano ainda se atrasou nos boxes, o que fez Massa cair para a terceira posição.

Mark Webber, da RBR, fez uma excelente corrida e chegou na quarta posição, seguido pelo alemão Sebastian Vettel, da STR, que marcou os primeiros pontos do ano. Rubens Barrichello, da Honda, não errou durante toda a prova e foi premiado com um sexto lugar que encerrou uma seqüência de 22 corridas sem pontuar na Fórmula 1 (desde o GP do Brasil de 2006).

Kazuki Nakajima, da Williams, chegou em sétimo no dia em que Frank Williams comemorava seu 600º GP na Fórmula 1. Heikki Kovalainen, da McLaren, que teve problemas na largada, andou muito rápido e fechou a zona de pontuação.

Kimi Raikkonen acaba com excelente corrida de Adrian Sutil
Líder do campeonato, Kimi Raikkonen teve o último erro da prova. O finlandês perdeu o carro na freada para a chicane do Porto, logo após o túnel, e acertou a traseira de Adrian Sutil, da Force India, que estava em quarto após uma excelente corrida. O alemão foi forçado a abandonar e o piloto da Ferrari teve apenas de trocar o bico, mas saiu da zona de pontuação.

A corrida, aliás, foi cheia de incidentes. A chuva que caiu antes da largada deixou a pista molhada e os pilotos foram obrigados a largar com os pneus intermediários. Menos Kimi Raikkonen, que trocou os pneus a menos de três minutos para a saída para a volta de apresentação - o que é proibido pelo regulamento. Ele recebeu uma punição e teve de fazer um drive-through mais tarde.

Heikki Kovalainen foi outro que teve problemas na largada. Sua McLaren ficou parada antes da volta de apresentação e ele teve de largar dos boxes, após todo o grid passar por ele. Hamilton, enquanto isso, ultrapassava Raikkonen e assumia a segunda posição. As condições do tempo pioravam e Felipe Massa abria uma boa vantagem.

As primeiras voltas foram recheadas de pequenos incidentes. Jenson Button perdeu a asa dianteira ao tentar passar a BMW Sauber de Nick Heidfeld. Nico Rosberg precisou de um novo bico após acertar a traseira de Fernando Alonso. Já Timo Glok, da Toyota, rodou três vezes na quarta volta e acertou o muro com o aerofólio na curva Anthony Noghes.

O próximo a errar seria Hamilton, quando acertou o guard rail na curva da Tabacaria com o pneu traseiro direito. Ele teve de fazer um pit stop extra para trocá-lo. O inglês da McLaren conseguiu voltar em quinto, carregado de combustível. Ele ainda foi ajudado, duas voltas mais tarde, quando o safety car entrou na pista por causa das batidas de David Coulthard e Sebastien Bourdais na curva do Cassino.

Alonso também saiu com o pneu traseiro avariado nesta volta e aproveitou para mudar para pneus de chuva forte na ocasião. Ele começou a andar muito rápido, mas acabou colidindo com Nick Heidfeld na Loews, quebrando a asa dianteira de seu carro e furando o pneu do alemão da BMW Sauber.

Os incidentes deixaram Kubica em segundo, antes da escapada de Felipe Massa na 15ª volta. Ele errou na Saint Devote e perdeu o primeiro lugar para o polonês. Mas o brasileiro recuperou a posição pois ficou seis voltas a mais que o rival na pista antes do primeiro pit stop. Hamilton, no entanto, já liderava com uma boa vantagem.

O inglês estava rápido e, com o erro de estratégia da Ferrari, conseguiu abrir uma diferença de mais de 40 segundos antes de seu segundo pit stop, na 53ª volta. Ele voltou ainda em primeiro. Massa e Kubica pararam de novo para trocar os pneus para os de pista seca e o polonês superou o brasileiro no retorno à pista.

Na 61ª volta, Nico Rosberg bateu muito forte na entrada do S da Piscina e provocou a segunda entrada do safety car. Os carros ficaram juntos mais uma vez, mas a ordem dos três primeiros foi mantida até o fim da corrida.

Guga cai diante de Mathieu em despedida nas simples em Roland Garros

Tricampeão em Paris, brasileiro se emociona com homenagens após o jogo


Gustavo Kuerten queria uma despedida de gala, e conseguiu. Em sua última partida de simples profissional, o brasileiro utilizou um uniforme azul e amarelo idêntico ao de 1997, quando conquistou o primeiro de seus três títulos em Roland Garros. Brasileiros e franceses se uniram nas homenagens a Guga, que lembrou em alguns momentos o atleta que surpreendeu o mundo ao ser campeão pela primeira vez em Paris. No entanto, apesar da torcida, as dores no quadril falaram mais alto e o inevitável aconteceu: número 19 do mundo, francês Paul-Henri Mathieu não teve dificuldades para derrotar o brasileiro por 3 a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 6/2.

Brasileiro jogará nas duplas em Paris
O jogo deste domingo não foi o último de Guga como profissional: o brasileiro foi convidado pela organização para competir nas duplas. Ele fará dupla com o francês Sebastien Grosjean e a estréia será contra Nicolas Mahut e Julien Benneteau. A data do jogo, porém, ainda não foi definida.

Os brasileiros compareceram em peso à quadra central, que teve praticamente todos os 14.884 lugares tomados pela torcida. Muitos fãs usavam o mesmo uniforme de Guga, mas até camisas do Avaí, time de coração do catarinense, podiam ser vistas nas arquibancadas.
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'Os títulos foram maravilhosos, mas eu me sinto mais feliz ainda por ter conquistado esse carinho do público. Vocês são minha paixão e minha vida. Obrigado'
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Com dores, brasileiro pede atendimento médico
Muito aplaudido pelo público, Guga executou saques perfeitos e boas paralelas no primeiro set. No entanto, o brasileiro teve seu serviço quebrado no quarto game por Mathieu, que administrou os games seguintes até fechar a parcial por 6/3. Na volta, o brasileiro mas não conseguiu evitar uma nova derrota. Visivelmente abatido pelas dores no quadril, Guga quebrou o saque do francês no oitavo game, mas teve que pedir atendimento médico no game seguinte e sofreu para chegar ao fim da parcial, vencida por Mathieu por 6/4.

Diante da derrota iminente, Guga não perdeu o bom humor. Interagindo com o público o tempo todo, o brasileiro parecia querer guardar na memória as lembranças e o carinho dos fãs na quadra que o consagrou. Sorridente, fez caras e bocas a cada ponto perdido, reclamou de bolas erradas.

Guga é homenageado em sua despedida
Aos gritos de "Guga, você é o melhor", o brasileiro comemorava intensamente cada ponto conquistado. Com o jogo em 5 a 2, e Mathieu sacando para fechar, Kuerten ouviu a torcida fazer uma barulheira ensurdecedora. Em agradecimento, levou o público ao delírio e mostrou por que é um dos mais queridos: fez questão de abraçar o adversário e, brincando, apertou seu pescoço com a raquete. Antes do último game, quando a torcida brasileira puxou uma 'ola', ficou ao lado de Mathieu e chamou o francês para participar. O brasileiro ainda conseguiu salvar um match-point, mas não evitou a derrota por 6 a 2.

Ao final do jogo, Guga cobriu a cabeça com uma toalha e ficou sentado por mais de um minuto enquanto era aplaudido pela torcida. Quando levantou para receber a homenagem da Federação Francesa de Tênis, o telão mostrava imagens de suas conquistas em Roland Garros. Depois, arriscou algumas palavras em francês:

- Os títulos foram maravilhosos, mas eu me sinto mais feliz ainda por ter conquistado esse carinho do público. Vocês são minha paixão e minha vida. Obrigado.

Após tantas glórias em Roland Garros, o brasileiro recebeu um troféu com um 'pedaço' da quadra central. Derrotado pelas dores, Gustavo Kuerten saiu de quadra como um verdadeiro ídolo: aplaudido de pé pela torcida.

Boston leva a primeira fora de casa e lidera a série contra o Detroit

Em noite inspirada de Kevin Garnett, time vence com facilidade e faz 2 a 1 na série decisiva da Conferência Leste da NBA

Depois de perder em casa pela primeira vez nos playoffs, o Boston Celtics pegou a estrada e venceu fora também pela primeira vez nas fases finais da NBA. Em noite inspirada de Kevin Garnett, derrotou com facilidade o Detroit Pistons por 94 a 80 e abriu 2 a 1 na série que apontará o campeão da Conferência Leste. A próxima partida será na segunda-feira, às 21h30m (de Brasília), novamente em Detroit.

Garnett foi o maior pontuador da equipe, com 22 pontos, e fez um duplo-duplo: pegou 13 rebotes. Richard Hamilton, dos Pistons, foi o cestinha da partida, com 26 pontos.


O Boston mostrou ter aprendido a lição com a derrota. E entrou em quadra disposto a vencer a qualquer custo. Mesmo com Paul Pierce e Kevin Garnett começando a partida devagar, conseguiu logo abrir uma boa vantagem. O reserva James Posey acertou uma cesta de três, seguida por uma de Sam Cassell, que também começou no banco, no último lance do quarto: 25 a 17 para o Boston.

O Detroit esboçou uma reação no segundo quarto. Diminuiu a diferença para quatro pontos (29 a 25) com uma cesta do reserva Jason Maxiell. Mas Garnett se fez presente em quadra. Deu uma bela enterrada após assistência de Ray Allen (33 a 25) e colocou o Boston nos eixos. Com mais uma enterrada, abriu 41 a 28. E não parou por aí. A diferença foi a 19 pontos (49 a 30) com dois lances livres convertidos por ele, no fim do segundo quarto. As equipes foram para o vestiário em 50 a 32.

Na volta do intervalo, o Detroit esteve melhor em quadra. Mas não por muito tempo. Garnett marcou cinco pontos seguidos e deu uma assistência para Perkins levar o Boston a uma vantagem de 20 pontos: (65 a 45). Depois, mais uma assistência de Garnett, agora para Tony Allen: 67 a 45. A diferença foi a 13 pontos (71 a 49) em um lance livre de Posey, mas o terceiro período terminou 73 a 55.

No último quarto, Rodney Stuckey deu esperanças aos torcedores dos Pistons quando, por duas vezes seguidas, marcou - em duas cestas - três pontos, baixando a diferença para 13 pontos (78 a 65). E foi para nove pontos a 3 minutos do fim, numa cesta de três de Chauncey Billups. Garnett & cia, porém, souberam administrar a partida. Usando o relógio a seu favor, freou a reação dos Pistons e garantiu a vitória.