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23 de jun. de 2008

EUA levam estrelas no basquete, mas sem campeões da NBA

O trio Kobe Bryant, LeBron James e Dwayne Wade vai liderar as estrelas da NBA da seleção dos EUA que tenta retomar o domínio no basquete masculino nas Olimpíadas de Pequim. Nesta segunda-feira, Comitê Olímpico dos EUA e USA Basketball confirmaram a lista de 12 atletas que viajarão para a China.

Além deles, a relação conta com os armadores Deron Williams (Utah Jazz), Jason Kidd (Dallas Mavericks) e Chris Paul (New Orleans Hornets), o ala/armador Michael Redd (Milwaukee Bucks), os alas Carmelo Anthony (Denver Nuggets) e Tayshaun Prince (Detroit Pistons), os alas/pivôs Carlos Boozer (Utah Jazz) e Chris Bosh (Toronto Raptors), e o pivô Dwight Howard (Orlando Magic).


A comissão técnica fez quatro mudanças em relação ao time que obteve a vaga no Pré-Olímpico das Américas no ano passado. Wade, Paul, Bosh e Boozer entraram nos lugares do armador Chauncey Billups, do ala/armador Mike Miller e dos pivôs Amare Stoudemire e Tyson Chandler.

Nenhum jogador do Boston Celtics, que conquistou na última semana o título da NBA, foi chamado. O único que concorria a um lugar era o ala/armador Paul Pierce, eleito o melhor da final, que fazia parte da pré-relação de 33 jogadores, mas ficou fora da lista final.

"Foi um processo difícil de seleção. Os 33 jogadores que disputavam a vaga mostraram interesse nos últimos dois anos, mas acredito que os 12 atletas selecionados têm um incrível talento, são líderes e têm muita versatilidade", explicou Jerry Colangelo, diretor da seleção masculina.

A versatilidade, aliás, deve ser necessária. Como no Pré-Olímpico, o técnico Mike Krzyzewski contará com apenas três jogadores para o garrafão: Bosh, Howard e Boozer. Com isso, Anthony e Prince, que na NBA jogam como alas, serão usados também como pivôs.

Para seis dos 12 jogadores (Anthony, Bosh, Howard, LeBron, Paul e Wade) será também a chance de apagar a má impressão que ficou do Mundial de 2006, quando os EUA ficaram o terceiro lugar, perdendo da Grécia nas semifinais.

Dois anos antes, os EUA também ficaram em terceiro lugar nas Olimpíadas de Atenas, quando bateram a Lituânia. Naquela campanha, o time amargou derrotas para Porto Rico e Lituânia na primeira fase, e caiu diante da Argentina nas semifinais.

A equipe estréia nas Olimpíadas de Pequim contra a anfitriã China, que ainda não sabe se terá o pivô Yao Ming. Os EUA ainda enfrentam Espanha, Angola e mais dois times vindos do Pré-Olímpico Mundial no grupo B da primeira fase.

"Descoberto" pela Europa, Arshavin vira objeto de desejo

Ele já tem 27 anos, mas é a "revelação" da Eurocopa e é o nome que faz com muita gente pense que a aparentemente óbvia final entre Alemanha e Espanha não será realizada em Viena. Andrei Arshavin ganhou as manchetes dos jornais de toda a Europa e os grandes clubes do continente se preparam para uma disputa acirrada para a contratação do atacante.

O russo estava suspenso dos dois primeiros jogos do torneio porque, ainda nas Eliminatórias da Euro, havia sido expulso por agressão na vitória de 1 a 0 sobre Andorra. Mesmo assim, o técnico holandês Guus Hiddink resolveu convocá-lo.


Antes da partida contra a Suécia, ainda fez mistério, dizendo que a posição de titular de Arshavin não estava garantida. Não passava de um óbvio blefe: o atacante fez um gol e deu passe para outro na vitória de 2 a 0. E deixou a Europa estupefata ao fazer uma partida brilhante nas quartas-de-final contra a Holanda.

Depois do jogo, elogios mútuos. "Um técnico holandês derrotou onze jogadores holandeses", comemorou Arshavin. Já Hiddink disse que o atacante "é um vencedor natural". "Ele sabe driblar, é rápido e tem um talento incrível. Não estava 100% fisicamente para o jogo, mas ainda assim fez o que fez. É tremendo", falou o treinador.

As descidas de Arshavin deverão ser uma enorme preocupação da Espanha antes da semifinal de quinta-feira, já que o lateral-direito Sergio Ramos tem falhado muito e não é nem sombra do que jogou durante a temporada pelo Real Madrid.

Andrei Sergeyevich Arshavin nasceu em São Petersburgo e defende o Zenit há oito anos. Faz parte da seleção russa desde 2002, mas só começou a chamar a atenção ao levar o clube de sua cidade ao título nacional e à Copa da Uefa, passando por Villarreal, Olympique de Marselha, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique e Glasgow Rangers.

Na Eurocopa, explodiu. Segundo o jornal espanhol As, Arshavin tem propostas da Inglaterra e da Alemanha, mas vai recusar todas elas porque ele preferiria jogar na liga espanhola. Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid e Valencia, os quatro grandes do país, já estariam preparando ofertas para o Zenit. O Arsenal também tenta contratar o jogador antes que o valor suba demais.
O jornal El País publica nesta segunda-feira uma reportagem sobre a nova "revolução russa" no futebol, dizendo que a influência holandesa de nomes como Dick Advocaat (técnico do Zenit) e Hiddink trará sucesso comparado ao de equipes e seleções históricas dos tempos da União Soviética.

O jornal italiano Gazzetta dello Sport fala que Arshavin é "o jogador do momento, gênio, faz gols e cria gols para os outros". E conclui: "agora todos o querem".

Apesar da eliminação, Donadoni não pensa em pedir demissão da Itália

A derrota para a Espanha nos pênaltis (4 a 2), nas quartas-de-final da Eurocopa 2008, parece não ter abalado o técnico da Itália, Roberto Donadoni. O comandante não acredita que o revés diante dos espanhóis possa derrubá-lo do cargo

Nesta segunda-feira, Donadoni admitiu que nem passa pela sua cabeça pedir demissão da atual campeã mundial. "Não pensei em deixar a Itália nem ao final da partida e nem agora. Perdemos a vaga nos pênaltis, que são uma loteria", explicou. "Se vencêssemos, todo mundo trataria nossa classificação de grandiosa e brilhante. Então, não tenho porque me demitir", completou.

Os diários italianos Corriere dello Sport e La Gazzetta dello Sport deram como certa a saída de Donadoni e a volta de Marcello Lippi ao comando da atual campeã mundial. "Lippi volta e Donadoni sai de cabeça erguida", destacou o Corriere. Já a Gazzetta disse que "Donadoni foi contratado como uma emergência e pagou pela sua pouca experiência como treinador. Sua seleção nunca teve heróis e nunca jogou de forma brilhante".

A Federação Italiana de Futebol havia renovado o contrato de Donadoni antes do início da Eurocopa. Porém, uma cláusula no contrato indicava que ambas as partes, em um prazo de dez dias após a última partida da seleção no torneio continental, poderiam tomar uma nova decisão.

O atual comandante da seleção afirmou que vai se reunir com o presidente da federação, Giancarlo Abete, nos próximos dias e se diz tranqüilo quanto a decisão que for tomada na reunião. "Vou conversar com o presidente, mas desde já quero dizer que o grupo é extraordinário e os jogadores estão de parabéns pelo desempenho".