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15 de jun. de 2008

Brasil se vinga de Cuba e fica com a última vaga para os Jogos de Pequim

Seleção dribla problemas dentro e fora de quadra e enfim se classifica às Olimpíadas ao vencer a repescagem do Pré-Olímpico Mundial

Brasileiras festejam junto à torcida a vaga nas Olimpíadas após baterem Cuba em Madri
A seleção brasileira feminina de basquete driblou todas as dificuldades, dentro e fora de quadra, e garantiu, de maneira emocionante, na última chance que lhe restava, a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. O passaporte foi carimbado neste domingo, quando o time comandado pel técnico Paulo Bassul derrotou Cuba - carrasco na classificatória das Américas, em setembro - por 72 a 67, na final da repescagem do Pré-Olímpico Mundial, em Madri. Iziane, cortada por indisciplina, não chegou a ver o triunfo de suas ex-companheiras de equipe. A jogadora já tinha deixado a Espanha quando a bola subiu no Palácio dos Esportes.

Com a vaga, o Brasil se junta a Espanha, República Tcheca, Letônia e Bielorrússia, que se garantiram nos Jogos ao passarem às semifinais do torneio. A seleção venceu Ilhas Fiji e Espanha na fase classificatória. Nas quartas, perdeu para a Bielorrúsia e caiu para a repescagem. Foi à decisão ao derrotar a fraca seleção de Angola.

O basquete brasileiro participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos em 1992. Desde então, disputou todas as edições, e chegou às semifinais nas últimas três: foi prata em Atlanta-1996, bronze em Sydney-2000 e quarto em Atenas-2004.

Cubanas estavam engasgadas na garganta
Derrotar a equipe da terra de Fidel Castro não era, nem de longe, uma missão simples. As cubanas estavam engasgadas na garganta. Foram elas que derrotaram o Brasil nas semifinais do Pré-Olímpico das Américas, no Chile. Naquela competição, as americanas venceram Cuba na final e ficaram com a vaga.

Errando bastante, o Brasil só passou à frente, pela primeira vez, no sétimo minuto de jogo, quando fez 13 a 11. Micaela, no primeiro quarto, mostrou sua melhor atuação em todo o Pré-Olímpico, e o time fechou com uma pequena vantagem: 19 a 16. Ela viria a ser a cestinha da partida, com 22 pontos.

No segundo quarto, a partida continuou apertada. Mesmo desatentas, as brasileiras conseguiram fazer 29 a 25. O time Cuba, por sua vez, estava bem atento e, contando com boa atuação de Yamara Amargo, que marcou 12 pontos no primeiro tempo, empatou em 34 antes do intervalo.

Na volta à quadra, o Brasil se perdeu em quadra. Apesar de estar bem nos rebotes defensivos, errava muito com a bola na mão. Cuba abriu seis pontos de vantagem (41 a 35). Bassul tirou Karla e pôs Chuca. E, com ela, o Brasil diminuiu a diferença para 45 a 43. Mamá empatou, mas as cubanas fecharam em 47 a 45.

A seleção tinha dez minutos para jogar tudo o que podia. Karla virou em 51 a 50. A alegria, porém, durou pouco, pois Taimy Fernández acertou uma cesta de três na seqüência. De novo com Karla, o Brasil encostou um 57 a 56, antes de a jogadora fazer sua quarta falta. Mas o time continuou desperdiçando lances livres e ataques. Cuba não titubeou e abriu cinco pontos (61 a 56).

A dois minutos do fim, Micaela empatou em 63. Natália pegou um rebote, mas Karla o desperdiçou na bandeja. Em outra roubada de bola, a seleção, enfim, virou, com Kelly. Yayma Boulet, que também tinha quatro faltas, deixou tudo igual. Karla sofreu falta e converteu dois lances livres, a 32 segundos. Cuba errou o ataque e cometeu falta em Micaela, que fez 69 a 65. Yakelyn Plutin marcou dois pontos em lances livres a 14 segundos do fim. Micaela sofreu outra falta, converteu os dois lances e fez 71 a 67. Mamá fez o mesmo, garantindo a vaga ao fechar em 72 a 67.