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11 de set. de 2008

Cientistas dizem que Bolt correria 9s55 em Pequim

O velocista jamaicano Usaín Bolt assombrou o mundo ao faturar dois ouros olímpicos e quebrar o recorde mundial de duas provas tradicionais do atletismo nos Jogos Olímpicos de Pequim, os 100 e 200 metros rasos. Nas duas ocasiões, o desempenho de Bolt foi tão impressionante que ele chegou a diminuir o ritmo nos finais das corridas para comemorar sua vitória já garantida, tamanha a vantagem para seus adversários.

No entanto, segundo um grupo de cientistas noruegueses, a celebração do jamaicano na finalíssima dos 100 metros lhe custou 0s14 do tempo final que foi de 9s69, novo recorde mundial. Ou seja, Bolt poderia ter registrado uma marca ainda mais baixa, informou nesta quinta-feira o jornal britânico The Guardian.

Hans Eriksen, do Instituto de Astrofísica Teórica da Universidade de Oslo, e seus colegas analizaram na televisão as cenas da corrida, focando em Bolt e no norte-americano Richard Thompson, que terminou na segunda colocação. Ambos os velocistas diminuíram seus ritmos nos últimos segundos da prova.

Se Bolt tivesse reduzido seu tempo da mesma forma que fez Thompson teria conseguido um tempo de 9s61. No entanto, os cientistas acharam a previsão um tanto conservadora, e mudaram para o tempo de 9s55 caso o corredor não tivesse desacelerado tão bruscamente.

"Isto não quer dizer que seria o resultado final", disse Eriksen para a revista New Scientist. "É uma divertida aplicação simples de física, e que fizemos no melhor que podemos", acrescentou.

É difícil obter medições precisas de metragem com as imagens da televisão, que registram 30 frames por segundo ou menos, disse Mateo Bundle, da Universidade de Wyoming, que realizou estudos sobre a locomoção humana. No entanto, Bundle considerou os resultados dos norugueses como razoáveis.

Com Clodoaldo, Brasil leva bronze no revezamento 4x50 m

A equipe brasileira de natação garantiu a medalha de bronze na prova de revezamento 4x50 m, na prova dos 20 pontos (somatória das categorias de cada atleta), com tempo de 2min30s17. A disputa deu a Clodoaldo Silva, que era apontado como uma das maiores promessas do Brasil na modalidade, sua única medalha nos Jogos Paraolímpicos de Pequim, já que ele não disputará mais provas na capital chinesa.

Daniel Dias e Clodoaldo Silva, da classe S5, Adriano Lima, da S6 e Joon Seo, da S4, formaram a equipe do Brasil, que passou por momentos de apreensão ao final da prova, já que a comissão dos Jogos ficou em dúvida quanto ao resultado geral da competição e demorou para divulgar os resultados oficiais.

A medalha de ouro foi para a equipe da China, que terminou a prova em 2min18s15, com Jianping Du, Yuan Tang, Juan He e Yuanrun Yang. Já a prata ficou com a Espanha, que marcou o tempo de 2min18s73, com os atletas Richard Oribe, Daniel Vidal, Jordi Gordillo e Sebastian Rodriguez.

Para Adriano, medalhista de prata nesta prova em Atenas-2004, que nadou antes de Daniel Silva, a equipe brasileira fez um excelente trabalho ao conseguir o bronze. "O Brasil está de parabéns pelo terceiro lugar", afirmou.

Daniel Dias, principal estrela da equipe, já conquistou quatro medalhas de ouro e uma de prata nesta edição da Paraolimpíada. Clodoaldo Silva encontra dificuldades para desenvolver sua performance, que lhe rendeu seis medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Paraolímpicos de Atenas-2004, já que mudou recentemente da categoria S4 para a S5.

Favoritas, Pennetta e Petrova avançam às quartas

Duas das principais favoritos ao título do Torneio de Bali, Flavia Pennetta e Nadia Petrova, já estão classificadas às quartas-de-final. Cabeça-de-chave número três na Indonésia, a italiana despachou Anastasia Rodionova, enquanto a russa, quarta pré-classificada, passou por Tathiana Garbin.


Em boa fase após conseguir no US Open o melhor resultado de sua carreira em Grand Slam (quartas-de-final), Pennetta se manteve em alta ao conseguir nova vitória em sets diretos em Bali, batendo Rodionova com parciais de 6/3 e 7/5.

Número 16 do mundo, a tenista agora tentará vaga nas semifinais no evento disputado sobre piso sintético diante da austríaca Tamira Paszek, que impediu um confronto italiano ao superar por 6/0 e 7/6 (7/2) Sara Errani, sétima favorita na Ásia.

Paszek, jovem de apenas 17 anos que é treinada pelo brasileiro Larri Passos, já enfrentou Pennetta uma vez na carreira, sendo derrotada de virada na última edição do Torneio de Los Angeles, realizado em quadras duras: 2/6, 6/1 e 6/4.

Outro grande nome do evento indonésio que entrou em quadra nesta quinta-feira, Petrova também segue viva. Sem dificuldades, a moscovita precisou de apenas uma hora e 13 minutos para atropelar mais uma tenista da Itália, Tathiana Garbin, que só conseguiu sair de quadra com dois games somados: duplo 6/1.

Provando que o torneio está recheado de representantes do país da bota, Francesca Schiavone será a próxima desafiante da russa que já foi a terceira melhor do mundo. Em um confronto direto bastante movimentado, Petrova só venceu um de cinco confrontos disputados contra a tenista nascida em Milão.

Fechando as partidas válidas pela segunda rodada, a taiwanesa Yung-Jan Chan também avançou com uma vitória por 2 sets a 0: o resultado de 6/1 e 7/5 sobre a chinesa Shuai Peng classificou a número 59 do planeta para desafiar pela segunda vez na carreira a eslovaca Daniela Hantuchova, maior favorita ao título em Bali. Na única vez em que as tenistas se encontraram até aqui, a favorita levou a melhor por 6/4 e 6/1 no carpete de Kolkata, no ano passado.

Scheidt e Prada ocupam vice-liderança no ranking da Star

Robert Scheidt e Bruno Prada, medalhistas de prata da classe Star nos Jogos Olímpicos de Pequim, ocupam agora o segundo lugar no ranking mundial da categoria, de acordo com lista divulgada nesta semana pela Federação Internacional de Vela (Isaf). A dupla brasileira estava em sexto lugar antes da Olimpíada e ganhou quatro posições depois da conquista na Baía de Fushan, em Qingdao, cidade portuária a cerca de 600 quilômetros da capital chinesa.


Os brasileiros somam 5.447 pontos e são superados apenas pelos poloneses Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zucki, atuais campeões mundiais e quartos colocados em Pequim, com 5.515 pontos. O terceiro lugar está com a dupla suíça Flávio Marazzi e Enrico de Maria, quinta colocada em Qingdao, com 5.445 pontos.

"Em função da Olimpíada abrimos mão este ano de algumas competições importantes, que nos custaram pontos no ranking", lembra Robert Scheidt, octacampeão mundial e bicampeão olímpico da classe Laser. "A segunda colocação, porém, é muito honrosa, ainda mais em uma classe tão competitiva como a Star."

O proeiro Bruno Prada também lembra das competições que deixaram de competir. "Se tivéssemos disputado um torneio a mais em Miami e o Europeu da Hungria certamente terminaríamos o ano na liderança", disse. "A preparação para a Olimpíada foi o nosso critério de calendário este ano e não o ranking."

Robert e Bruno disputam ainda este ano a Regata Banco do Brasil, no dia 11 de outubro, em Brasília; a Semana de Vela do Rio, de 17 a 19 de outubro; e o Troféu Royal Thames, de 20 a 23 de novembro, também no Rio.

Por título, Bruno Senna quer vitória no GP da Itália

O brasileiro Bruno Senna está convencido que suas chances de conquistar o título da Fórmula GP2 estão concentradas na abertura da última rodada dupla da temporada, marcada para sábado e domingo em Monza, na Itália.

"Tenho de largar na frente e ganhar a corrida. Senão, tudo ficará mais difícil", admite Bruno, que ocupa a segunda colocação no campeonato com 60 pontos, 11 atrás do líder Giorgio Pantano.
Bruno reconhece que as chances não jogam a seu favor e lamenta os incidentes que complicaram sua campanha em 2008.


"Ainda acho que posso ser campeão, mas tinha tudo para chegar aqui em condições mais favoráveis. É duro quando você é prejudicado por fatores que não controla", lembra o piloto da iSport, mencionando o atropelamento de um cão na Turquia como o ponto mais bizarro do ano. "Além disso, sofri uma punição na semana passada na Bélgica que me tirou uma vitória certa", acrescenta.

Vinte pontos estarão em jogo neste final de semana em Monza - treze deles apenas na 19ª e penúltima etapa. São dois pela pole position, 10 pela vitória e um pela volta mais rápida. Bruno sabe que não depende apenas de si, mas mantém uma confiança inabalável em seu potencial. "Vou fazer a minha parte. E, claro, torcer para que o Pantano não pontuar. Nem sempre ele reage bem sob pressão", cutuca.

Bruno observa ainda que os testes da iSport com a configuração de baixa pressão em Paul Ricard "simulando o acerto de Monza" foram mais do que animadores.

"Fomos muito rápidos. Aqui, no entanto, vamos usar os pneus médios e não os duros dos treinos na França. Isso tem uma implicação no consumo e certamente exigirá uma revisão nas regulagens", afirma Bruno, que sonha com a confirmação da chuva prevista pela meteorologia. "Acho que minhas possibilidades aumentam no molhado".

Ainda inconformado com o drive-thru que foi obrigado a cumprir em Spa-Francorchamps, por causa de um quase choque com o carro de Alberto Valério depois da troca dos pneus nos boxes - o mecânico da iSport que comandava o pit stop o liberou sem se dar conta da aproximação do brasileiro da Durango -, Bruno disse que os comissários erraram também na punição a Lewis Hamilton na prova da Fórmula 1.

"Ele entregou a posição, ficou atrás e conseguiu a ultrapassagem porque estava melhor na pista molhada", comentou.

Além de Pantano e Bruno, apenas Lucas di Grassi e Romain Grosjean - empatados com 53 pontos na terceira posição - ainda reúnem chances matemáticas de alcançar o título. A pista de Monza será aberta nesta sexta-feira para uma sessão de treinos livres e a tomada classificatória, ambas com duração de 30 minutos.

Daniel Dias conquista sua quarta medalha de ouro

O brasileiro Daniel Dias conquistou, nesta quinta-feira, sua quarta medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Na final dos 200 m medley, classe SM5 (atletas com deficiência motora), ele assegurou a primeira posição com um grande desempenho e novo recorde mundial.


Daniel completou a prova em 2min52s60 e superou a melhor marca anterior da categoria, que também era dele. Assim, repetiu o que havia feito nos 100 m livre, 200 m livre e 50 m costas, subindo ao topo do pódio. Ele ainda recebeu a medalha de prata nos 50 m borboleta.

O destaque brasileiro na Paraolimpíada bateu os primeiros 50 m, disputados com nado borboleta, na terceira posição. Daí em diante, dominou completamente a prova e mostrou sua superioridade. Ao fim dos 200 m, comemorou a vitória com 8s32 de vantagem sobre o chinês He Junquan, segundo colocado.

A medalha de bronze ficou com o espanhol Pablo Cimadevila, que liderou a prova na parte de nado borboleta, mas não conseguiu manter o ritmo e obteve o tempo final de 3min01s92. Já o brasileiro Ivanildo Vasconcelos fechou a disputa em 3min30s58 e ficou em sexto lugar.

Massa: "título está completamente aberto"

Um dos favoritos ao título desta temporada da Fórmula 1, o brasileiro Felipe Massa crê que a disputa pelo campeonato de 2008 ainda está "completamente aberta". Com 74 pontos, o piloto da Ferrari está na segunda posição, atrás de Lewis Hamilton, da McLaren, com 76.

"Eu acho muito competitivo. Quando se está dois pontos atrás e temos cinco corridas pela frente, está tudo completamente aberto", disse ao site Autosport, nesta quinta-feira, nesta quinta-feira, no circuito de Monza.


Para o brasileiro, ainda há muito campeonato pela frente. "São 50 pontos restantes. A batalha está completamente aberta. Algumas corridas a Ferrari esteve melhor, outras a McLaren. Não é fácil dizer em qual circuito estivemos melhores", afirmou.

Massa, que já disse se sentir "em casa" correndo em Monza, crê que McLaren não dará facilidades no Grande Prêmio deste domingo. "Acho que fizemos um bom teste aqui. Espero que possamos ser bem competitivos. A McLaren também teve uma boa performance e creio que será uma boa disputa", completou.

Flu pode contratar campeão mundial pelo Inter

Um dos poucos remanescentes do título mundial conquistado pelo Inter em 2006, o lateral-direito Wellington Monteiro está perto de um acerto com o Fluminense para a disputa do restante do Campeonato Brasileiro.

Como teve um desentendimento com o técnico Tite após ser substituído, o jogador ainda não participou de sete partidas nesta edição do torneio nacional. Desta forma, ainda pode defender outra equipe na competição.

Wellington Monteiro seria uma indicação do técnico Cuca. O atleta pode ser aproveitado tanto no meio-campo como na lateral-direita. A negociação pode ser fechada ainda nesta quinta-feira.

Seleção vive fiasco dentro e fora do campo

A Seleção Brasileira foi do céu ao inferno em pouco mais de duas horas. Após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile fora de casa, a pressão sobre o técnico Dunga havia diminuído. Afinal, ele vinha de três partidas sem marcar gols na equipe principal e um bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. No entanto, a cobrança volta com força total após o empate com a Bolívia, na última quarta-feira, lanterna das Eliminatórias Sul-Americanas e com um a menos desde o início do segundo tempo, em uma noite em que a equipe viveu um fiasco fora e dentro do campo.

Pouco mais de 31 mil torcedores - menor público de Eliminatórias em casa desde 2004 - foram ao estádio para assistir ao jogo no Rio de Janeiro, cidade que viu o Maracanã com mais 183 mil fãs em 1969, em uma vitória sobre o Paraguai. E ninguém saiu feliz do Engenhão. Pelo contrário, das arquibancadas ouviram-se gritos de "burro" e "adeus, Dunga" ao técnico. Os jogadores também não foram poupados com o coro de "time sem vergonha".

O torcedor não teve vida fácil também fora do estádio. Uma hora antes de o jogo começar, uma pane nas catracas impediu que os fãs que tinham ingressos para os setores Norte e Sul entrassem. Grandes filas eram vistas e o público estava revoltado, mesmo em uma situação de tão poucas entradas vendidas.

Uma noite triste para a Seleção Brasileira. Após o jogo contra a Bolívia, o técnico Dunga descartou pedir demissão do cargo. "Não, vou continuar o meu trabalho. É normal encontrar dificuldades".

Para completar o quadro sombrio, os torcedores gritaram "Bolívia" pouco antes da partida acabar. E ainda ensaiaram um "olé" pelo toque de bola adversário.