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28 de nov. de 2008

Após atentados, ingleses do críquete devem deixar Índia

Os dirigentes que acompanham a seleção inglesa de críquete deixaram com os jogadores a decisão de sair da Índia, onde fazem sua preparação, após um atentado terrorista na cidade de Mumbai, que matou 125 pessoas e feriu outras 327 na última quinta-feira.

A informação foi passada pelo capitão da equipe, Kevin Pietersen, que ainda não confirmou se a equipe aproveitará as reservas do vôo para Londres nesta sexta. A princípio os atletas seguirão realizando compromissos profissionais na Índia.

Os ingleses têm três amistoso agendados para campos indianos. No dia 5 de dezembro, atuam em Baroda, para depois engatarem dois confrontos. O primeiro acontecerá em Ahmedabad, no dia 11 de dezembro, enquanto o segundo, o mais emblemático, será justamente em Mumbai, em 19 do próximo mês.

"Faremos todo o esforço possível para voltar a treinar até o final do dia. Se estivermos nos sentindo seguros, não iremos voltar", apontou Pieterson, à Rádio BBC, garantindo que quem optar por voltar não será repreendido. "Nunca forçaremos ninguém a fazer nada. Um homem é um homem e ele pode seguir suas próprias decisões", enfatizou.

Alguns integrantes da equipe sugeriram e, por enquanto, a hipótese mais palpável pelo grupo é a de se ausentar do país até que a situação se normalize. "Foi muito duro, era algo que não estávamos à espera. E aí, quando algo inesperado acontece, você tem que lidar com algumas situações. A decisão mais certa parece ser tirar os mais meninos daqui e levá-los para suas famílias, mesmo que seja só por uns dias", disse.

Pietersen descartou realizar a série de partidas para depois do Natal e lembrou que foi por sorte o atentado não ter afetado a seleção inglesa, já que de última hora a delegação saiu de Mumbai para se concentrar em Bangalore. "Foi apenas no último minuto que decidimos, não sei o motivo", completou, à emissora.

"Poderíamos estar em alguns dos hotéis que foram atacados. Em um dos hotéis onde sempre nos hospedamos ainda acontece o cerco dos terroristas. O perigo estaria por perto. É uma situação muito dura", reiterou o capitão.

Dirigentes falaram a jornais ingleses que apesar do risco de se perder dinheiro pela não-realização dos amistosos, a decisão de deixar a Índia seria apoiada devido ao bem-estar de atletas e torcedores.

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