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19 de abr. de 2008

Rio de Bernardinho é penta da Superliga

Melhor na defesa, equipe carioca soube aproveitar o grande número de erros do adversário

O Rio de Janeiro é o primeiro pentacampeão da Superliga feminina de vôlei. Na primeira final sem playoffs da competição, o time do técnico Bernardinho soube colocar os nervos no lugar e virar para cima do Osasco, fazendo 3 sets a 1 (21/25, 25/20, 25/14 e 25/20) neste sábado, em um Maracanãzinho (RJ) lotado com mais de 11 mil pessoas. O Pinheiros terminou na terceira colocação, após vencer o Brusque na última quinta-feira.

- Foi emocionante. Nossa, é difícil decidir um campeonato em um jogo. A gente tem que estar muito bem psicologicamente. É muita alegria - disse Thaisa, dona do último ponto da partida.

Esta foi a terceira vitória consecutiva do Rio de Janeiro sobre Osasco em decisões, o que rendeu ainda os gritos de "vice de novo" por parte da torcida carioca, que contou com o reforço dos ex-BBs Tathi Bione e Marcão, além do presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Bosickis, o Grego, da jogadora de vôlei de praia Shelda e da ex-jogadora Jaqueline Silva. A líbero Fabi, do Rio de Janeiro, foi escolhida como a melhor atleta desta decisão, enquanto Sassá, com 15 pontos, a maior pontuadora da final.

- A gente sabia que não ia ter uma segunda chance. A equipe conseguiu superar a ansiedade do primeiro set e fechamos bem a partida em 3 a 1 - lembrou a ponteira.

Chacoalhada no segundo set surte efeito
Rio de Janeiro e Osasco tiveram um início nervoso, cometendo muitos erros e gerando longos ralis. Forte e preciso no bloqueio, principalmente com a americana Danielle Scott, o Osasco falhava muito nos ataques. Do outro lado, a equipe de Bernardinho tinha dificuldades para virar os contra-ataques, permitindo o Osasco a abrir 20 a 16 após erro de ataque de Thaisa. O Rio ainda esboçou uma reação, mas as paulistas souberam administrar a vantagem até fechar em 25 a 21, após ataque de Natália.

Depois da chacoalhada de Bernardinho no intervalo para o segundo set, o Rio de Janeiro voltou melhor à quadra, principalmente na defesa, sua principal arma. O início da parcial, porém, foi bastante equilibrada, com nenhuma das duas equipes abrindo vantagem. Se dentro de quadra as jogadoras controlavam os nervos, do lado de fora, o clima esquentava, até Bernardinho e Luizomar de Moura discutirem com 9 a 7 no placar e serem punidos com um cartão amarelo para cada lado. Apesar do forte bloqueio de Osasco, Renatinha e Sassá cresciam do lado carioca, enquanto do lado paulista, os erros foram se acumulando, principalmente nas conclusões. Melhor para o Rio de Janeiro, que cresceu e comandou o final do set fechando em 25 a 20.

Enquanto a equipe masculina do Florianópolis entrava no Maracanãzinho, dentro de quadra o Rio de Janeiro seguia mostrando a força de sua defesa, errando pouco e abrindo 4 a 0 logo de início. Nem mesmo os pedidos de tempo do técnico Luizomar, do Osasco, conseguiram organizar a equipe paulsita, que viu a diferença crescer para 10 a 3. O treinador ainda tentou mudar o jogo substituindo a levantadora Carol Albuquerque por Ana Tiemi, mas Osasco continuou errando muito, principalmente nos ataques. Com tranqüilidade, o Rio de Janeiro soube administrar o resultado, abrindo 2 a 1 no geral, ao fechar o set com 25 a 14.

Como na parcial anterior, o Rio de Janeiro voltou forte para o quarto set, aproveitando bem o descontrole de Osasco e abrindo 3 a 0. Luizomar manteve Ana Tiemi no lugar de Carol Albuquerque, mas a equipe paulista continuava tendo dificuldade de vencer o bom bloqueio do Rio de Janeiro. Com a defesa atuando bem, o jogo da levantadora Dani Lins crescia do lado carioca. E quando tudo parecia decidido para as cariocas, começou a brilhar a estrela de Ana Tiemi, que encontrou em Danielle Scott sua melhor opção de ataque. Com a americana virando tudo, Osasco encostou no placar, mas não conseguiu evitar a terceira derrota consecutiva em decisões, com Thaisa fechando o placar em 25 a 20.

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