Um dos destaques nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 ao conquistar seis medalhas de ouro, o nadador Clodoaldo Silva foi obrigado a mudar de categoria e voltou de Pequim nesta sexta-feira com uma medalha de prata e outra de bronze. No desembarque em Guarulhos, ele disse que, apesar das turbulências, a competição "valeu a pena".
"Fiquei em Pequim por causa da equipe. Não seria em um momento tão difícil como esse que eu abandonaria o barco e valeu a pena. Só fico triste porque parece que esse procedimento é algo feito apenas para um ou dois atletas e não para todos, como deveria ser", afirmou o nadador, extremamente solícito com a imprensa durante o desembarque.
O velocista Lucas Prado, que conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Pequim, já pensa nas próximas competições. "Eu não paro. Ainda tem o Circuito Nacional até novembro e no ano que vem tem o Mundial de Barcelona", afirmou.
Ele persegue o sonho de se tornar o primeiro atleta cego a percorrer 100 m em menos de 11 segundos. "Agora sim eu quero baixar essa marca", afirmou. Nos Jogos, ele cravou 11s03. Prado ainda venceu a prova dos 200 m e 400 m.
Confiante, o velocista não tem medo de ser taxado como arrogante. "Quem não confia em si mesmo, não faz nada. Eu saí do Brasil determinado a ganhar três ouros e bater três recordes mundiais. Infelizmente, só consegui dois recordes, mas não vou abandonar esse objetivo".
Nos 100 m e 200 m, Lucas Prado quebrou o recorde mundial. Nos 400 m, ele não conseguiu romper a melhor marca da história, mas cravou o novo recorde paraolímpico da distância.
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