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13 de out. de 2008

Maracanã lotado: cenário de festa ou tragédia para os rubro-negros?

Que torcida não ganha jogo está provado desde a derrota da seleção brasileira na decisão da Copa de 1950, contra o Uruguai, diante de 200 mil torcedores no Maracanã. A questão, no entanto, é: até que ponto um cenário amplamente favorável pode influenciar negativamente em uma partida? Para o Flamengo, esse dilema tem tido respostas trágicas ultimamente, vide a derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG, sábado, pelo Brasileirão, diante de mais de 81 mil apaixonados incrédulos.


Na cola de Grêmio e Palmeiras, e sonhando com o hexacampeonato brasileiro, o Rubro-Negro preparou uma festa para a partida contra os mineiros. Os convidados marcaram presença, a trilha sonora estava pronta, mas faltou combinar com os jogadores rivais. E o sacode, além de praticamente colocar fim nas chances de título, trouxe a lembrança de outros filmes, que foram escritos com trechos de romance, mas com o fim do roteiro apontando para o terror.

Em situação muito semelhante, o Flamengo que celebrava a despedida de Joel Santana e o bicampeonato estadual foi eliminado pelo América do México da Taça Libertadores deste ano. Também por 3 a 0, também sem o capitão Fábio Luciano, também com o estádio lotado e também decepcionante. Os números mostram que partidas decisivas contra equipes de fora do estado são um tormento para o time da Gávea. Em 2007, eliminação da mesma competição aconteceu diante do Defensor-URU, dessa vez com vitória, por 2 a 0, insuficiente para esconde as lágrimas de milhares de rostos pintados de vermelho e preto.

Na verdade, o Rubro-Negro não despacha uma equipe que não seja carioca em final desde a Copa União de 1987, quando venceu o Internacional, por 1 a 0. De lá pra cá, Independiente-ARG (Supercopa 95), Grêmio (Copa do Brasil 97), Santos (Rio-São Paulo 97) e Santo André (Copa do Brasil 2004) vieram ao Rio, viram a massa rubro-negra e venceram.

As explicações se repetem, e as palavras de Caio Júnior, após o revés contra o Galo, foram as mesmas que ditas por Abel Braga, em 2004, Joel Santana, no "episódio Cabañas", entre outros:

- A torcida ficou envergonhada, como eu fiquei.

Rivais sofrem com a mesma sina
Se servir de consolo para os rubro-negros, o fantasma do "Maracanazo" não tem afetado apenas o Flamengo. O último título conquistado por um carioca no "Maior do Mundo" contra o time de fora foi do Vasco, em 2000, quando bateu o São Caetano por 3 a 1, na final do Brasileirão. Vice-campeonatos como os do Botafogo, na Copa do Brasil de 99, após empate com o Juventude, e do Fluminense, na Libertadores deste ano, diante da LDU, só servem para dar ainda maior veracidade a esta sina.

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