Com a possibilidade de ser punido pelo treinador pela sua atitude, o goleiro assumiu a culpa pelo lance e lembrou que não foi a primeira vez que se comportou mau nos últimos tempos. Recentemente, após novo tropeço para o Fluminense, no Rio de Janeiro, o pentacampeão mundial fez duras críticas ao elenco alviverde e recomendou a ajuda de um psicólogo.
"Um psiquiatra talvez entenderia o que eu fiz. Mas pelo menos eu melhorei porque saí do jogo e nem dei entrevista, senão estaria pior do que está. Saí de campo quieto e sei que já passei dos limites neste ano", disse o ídolo palmeirense, bastante abatido pelas críticas recebidas após o revés para o vice-líder do Campeonato Brasileiro.
Durante entrevista concedida no CT do Palmeiras, na tarde desta terça-feira, Marcos disse que assume a culpa pela atitude, mas não pela derrota da equipe diante do Grêmio, resultado que deixou o time do Palestra Itália mais longe do título. Ao reconhecer a falha, o goleiro afirmou que entenderá a decisão do treinador, caso opte por deixá-lo fora do time no próximo duelo, diante do Flamengo.
"O errado fui eu. Quem tomou a atitude errada fui eu. E ele (Luxemburgo) é o comandante e tem que ver o que é bom. Se quiser me tirar do time, não vou levar para o lado pessoal e a torcida tem que apoiar a decisão", disse o treinador, que fez questão de lembrar que o treinador é o maior responsável por sua volta aos gramados após um longo período de inatividade.
"Jamais eu faria alguma coisa contra o Vanderlei, ainda mais depois do que ele fez para mim este ano. Temos que manter o foco para o jogo contra o Flamengo e tentar fazer um jogo bem feito no Maracanã", disse o goleiro, que prometeu não repetir a atitude nos próximos jogos. "Domingo, se eu estiver jogando, não vou para o ataque", completou.
Chateado pelos últimos acontecimentos, Marcos destacou que ainda não encontrou com o treinador após a derrota do último final de semana. Alvo de críticas, o goleiro disse que, por ser um ídolo na história do clube, sofre mais com a pressão dos torcedores do que o restante do elenco.
"É difícil conviver 16 anos no clube e ser só profissional. Às vezes isso confunde um pouco e eu fico muito mais coração do que razão. Sou um cara muito vinculado ao clube, a cobrança em cima de mim é muito maior do que a cobrança sobre os outros", desabafou o goleiro, que mais uma vez deixou clara a sua intenção de ajudar o Palmeiras ao chegar à igualdade no domingo.
"Só quero que ele saiba que a minha intenção foi a melhor possível. Não quero nenhum tipo de comparação, sei que o Rogério (do São Paulo) é muito melhor do que eu (com a bola nos pés), mas ele vai bater uma falta e não vai com a intenção de prejudicar o time ou menosprezar os companheiros, ele vai para ajudar", disse.
"Tenho consciência que eu sou ruim, mas não infringi nenhuma regra do jogo. Naquela hora, tentei uma trombada com o zagueiro, uma dividida com o goleiro que pudesse sobrar para alguém. A gente tinha um monte de atacantes na área", afirmou Marcos.
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