Durante evento realizado nesta sexta-feira, em São Paulo, Kaká tentou evitar comparações de sua situação com a de Ronaldinho Gaúcho. O meia-atacante do Barcelona estaria livre e até pré-convocado para compor o time olímpico por imposição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Já o meia do Milan, que se recupera de lesão, é cotado para ser um dos jogadores com mais de 23 anos na equipe que irá a Pequim, mas ainda não sabe se será liberado pelo clube italiano para integrar o time de Dunga.
"São casos diferentes. O Ronaldinho vive um momento delicado no Barcelona, vem de lesão e não sabe se vai ficar lá. Já fiz meu pedido ao Milan, que tem o direito de não me liberar, se quiser. A partir daí, já não depende mais de mim", afirmou Kaká.
A convocação de Ronaldinho Gaúcho teria sido imposta por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, que usou o argumento de que não poderia ficar de braços cruzados ao ver a seleção brasileira em crise e a equipe olímpica, que também terá Dunga no banco de reservas, desfalcada por jogadores que ainda não foram liberados por suas equipes - caso de Kaká.
Ronaldinho Gaúcho esteve em Belo Horizonte na última quarta-feira e assistiu ao empate entre Brasil e Argentina. Segundo publicou a Folha de S. Paulo, o acordo com Teixeira teria acontecido pouco antes da partida. No dia seguinte, o cartola falou ao Jornal Nacional para tornar pública sua posição em relação ao meia-atacante. "É um jogador que tem a possibilidade de fazer uma grande Olimpíada. Por favor, torcedor, apóie o Ronaldinho porque ele é muito importante para a seleção brasileira", disse o dirigente.
Teixeira ofereceu a Ronaldinho os serviços do preparador físico Paulo Paixão para ajudá-lo a entrar em forma e as instalações da Granja Comary para que ele realizasse treinamentos. Ronaldinho está de férias em Porto Alegre e, embora ainda tenha contrato com o Barcelona, não deve continuar no clube. A diretoria do time espanhol já anunciou que pretende negociá-lo.
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