A FEI (Federação Eqüestre Internacional) anunciou nesta segunda-feira que o cavalo Rufus, montado pelo brasileiro Rodrigo Pessoa, foi flagrado em um exame antidoping realizado nos Jogos Olímpicos de Pequim.
De acordo com a entidade, a amostra apresentou a nonivamida, que integra a família dos capsaicinóides. No entanto, ainda resta a análise da segunda amostra, que será realizada na próxima terça, para a federação confirmar oficialmente o doping.
Em contato com o Haras de Ligny, na Bélgica, a reportagem do Terra apurou que Pessoa tirou uns dias de descanso após a Olimpíada de Pequim. A assessoria do cavaleiro brasileiro ainda não tinha um parecer oficial sobre o assunto e promete divulgar uma nota oficial sobre o doping de Rufus ainda nesta segunda.
A amostra foi colhida logo após a final individual do salto no dia 24 de agosto, em que Pessoa chegou em quinto lugar.
A substância encontrada no cavalo é considerada um produto dopante por suas propriedades hipersensibilizantes, além de ser um medicamento de classe A por suas propriedades analgésicas.
Durante a Olimpíada, quatro cavaleiros ficaram fora da final individual de saltos por causa de doping, entre eles estava o brasileiro Bernardo Alves.
O cavalo Chupa Chup, montaria de Alves, foi flagrado com a presença da substância capsaicin, que tem propriedades hipersensivas e é proibida nas competições da FEI.
Além do brasileiro, foram excluídos o alemão Christian Ahlmann, o irlandês Denis Lynch e o norueguês Tony Andre Hansen.
Na Olimpíada de Atenas 2004, Pessoa ganhou a medalha de prata no individual. A conquista viria a se tornar dourada um ano depois, quando o irlandês Cian O'Connor e seu cavalo foram desclassificados dos Jogos por uso de doping.
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