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28 de out. de 2008

Engenheiro torce contra chuva no GP do Brasil

A pista de Interlagos recebe os últimos retoques para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Nesta terça-feira, o Terra acompanhou a preparação final do circuito com o engenheiro-chefe Luiz Ernesto Morales, que explicou as ranhuras de drenagem que têm sido feitas devido à inclinação de alguns trechos do percurso e disse torcer para que não chova no próximo domingo. Segundo ele, tudo deve estar pronto até amanhã cedo.

"Quando chove muito forte, a água cria um volume maior, que cruza a pista em pontos de chegada e saída da curva", explica o engenheiro-chefe, mostrando o trabalho de um grupo de cerca de dez pessoas na pista. "Dessa forma (sem grooving), o piloto perderia estabilidade. Fazemos o trabalho por precaução, mas tomara que não chova", acrescentou.

A decisão por aplicar o sistema de drenagem na Curva do Laranjinha, Reta Oposta e Mergulho foi tomada após as reformas da pista e, segundo Luiz Ernesto, o resultado tem sido bom. "Jogamos (água com) quatro caminhões-pipa e a pista drenou bem", disse.

As ranhuras, que são feitas por um equipamento com um disco de diamante, têm profundidade que varia de acordo com o aclive da superfície, enquanto o espaçamento entre elas é de 0,5 cm a 0,6 cm.

De acordo com o engenheiro-chefe, o sistema utilizado em Interlagos copia o que é empregado em aeroportos para dar mais aderência à pista. "Isso não atrapalhará em nada, caso não chova. Pelo contrário, dará mais estabilidade aos carros", apontou.

Até sexta-feira, a vistoria da pista será concluída em função da realização dos treinos livres para a prova. Antes disso, as equipes não têm contato direto com o trabalho de manutenção dos engenheiros, o que será feito pelas comissões de segurança da etapa.

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