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14 de jan. de 2009

Vasco pode ser despejado devido a velhas dívidas

A diretoria do Vasco trata o assunto como "mais uma herança maldita" deixada por Eurico Miranda. Já o ex-presidente acusa Roberto Dinamite e seus pares de serem "caloteiros e cafajestes". Tudo por causa da ação de despejo, que tramita há um ano e nove meses na 1ª Vara Cível, do Fórum da Barra da Tijuca, contra o time cruzmaltino pelos 29 meses de aluguéis atrasados do CT Vasco-Barra, que o clube arrenda desde 2002.

O assessor jurídico do Vasco, Luiz Américo Chavez, contou uma das incoerências aceitas pela gestão anterior. "Em 2007, a Prefeitura majorou o IPTU do Vasco-Barra de R$ 40 mil para R$ 550 mil. Isso causou desequilíbrio econômico-financeiro no contrato, aumentando em 50% o custo anual do imóvel, incluindo aluguel e IPTU", explicou.

Ele acrescenta. "Esse percentual tem de ser estornado. Só de IPTU, a dívida é de mais de R$ 1,5 milhão, um valor descabido", reclamou.

Luiz Américo questiona o contrato aceito por Eurico. "Foi mal negociado. É mais uma herança maldita. Herdamos um processo de despejo em andamento. O Roberto só assumiu há seis meses".

Mas o advogado garante que o Vasco não passará o vexame de ser despejado. "Com certeza. Ou sai o acordo com o proprietário ou lhe entregamos as chaves, pagando o que achamos de direito", destacou Luiz.

"Em agosto de 2008, segundo mês após o Roberto Dinamite assumir, fizemos proposta de acordo e aguardamos a resposta do proprietário", emendou. Luiz Américo alega que as cifras são incompatíveis.

"Pelos valores de mercado, o aluguel do Vasco-Barra é de, no máximo, R$ 50 mil. O Flamengo pagava R$ 40 mil, R$ 480 mil anuais. Como o Vasco passou a pagar R$ 80 mil, dando R$ 960 mil por ano?", questiona.

Para Luiz, Silas Pinheiro, o proprietário, pressiona de olho nas novas receitas do Vasco.

Eurico
Do exterior - não disse o país onde está -, Eurico deu o seu parecer. Com a mesma língua afiada dos tempos de presidente do Vasco, ele esculhambou a atual diretoria do clube.

"Não tem isso de ter feito bom ou mau contrato. Havia um problema sobre o IPTU, mas fizemos um acordo com o proprietário, que vinha sendo pago. Só que quando eles assumiram, pararam de pagar", detonou.

"Eles podem alegar o que quiserem. São todos uns cafajestes, caloteiros com essa conversa mole. Quero distância deles", disparou Eurico.

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