Brasileiro termina prova dos 1.500 m sangrando

Sétimo na bateria, 20º na classificação geral, o brasileiro Hudson de Souza sofreu outro revés após a eliminatória à semifinal dos 1.500 metros rasos, disputada na manhã desta sexta-feira (horário de Brasília). Reclamando da "violência", o fundista deixou a pista do Ninho de Pássaro com a canela sangrando.

"A largarda foi boa, mas só que no decorrer da prova teve muito empurrão. Levei duas 'sapatilhadas'", destacou Hudson, mostrando as canelas atingidas, mas acalmando os repórteres. "Isso é normal ,viu", ressaltou.

Apesar da posição pouco convincente na eliminatória, o tempo de 3min37s06 quase elevou o brasileiro à semifinal. O último dos classificado foi justamente o 19º, Ali Belal Mansoor, do Bahrein.

"Foi por pouco, cheguei em sétimo (na bateria). Eu achava que se fosse uma prova mais rápida, eu iria melhor. Mas como em toda Olimpíada, foi uma prova mais de tática", analisou o brasileiro.
Tática sim, mas não sem força. Outro atleta do Bahrein, Rashid Ramzi, foi o primeiro colocado do dia com a marca de 3min32s89, que, se não foi suficiente para quebrar recordes, serviu para assustar Hudson. O atleta asiático atingiu o tempo enquanto o brasileiro concedia entrevista na zona mista aos jornalistas.

"Eu não esperava esses resultados que estão acontecendo, assim tão positivos já nas eliminatórias. Olha esse cara aí (diz, apontando para o placar do Ninho de Pássaro), 3min32s89, é de assustar. É tempo para ganhar prova. O ritmo está muito forte", avaliou.

Apesar de ver as chances caírem por pouco, o brasileiro avalia que o saldo geral foi negativo com a eliminação. "Estou meio chateado. Eu esperava me classificar, mas isso faz parte do esporte", concluiu.