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31 de ago. de 2008

Maurren crê em Brasil como potência no atletismo

Responsável pela única medalha conquistada pelo Brasil no atletismo nos Jogos Olímpicos de Pequim, a saltadora Maurren Maggi acredita que o País virá a ser uma potência na modalidade nas próximas edições da Olimpíada. Após levar o ouro no salto em distância com 7,04 m - marca bem inferior, por exemplo, ao seu recorde pessoal de 7,26 m -, a atleta já espera ter sua marca superada pelas compatriotas em um futuro próximo.


"A gente colhe os frutos que planta. Tenho certeza de que haverão muitas mulheres e homens saltando mais de 7 m no Brasil. Hoje a gente já compete de igual para igual. Mais para a frente vamos ser uma grande potência no atletismo", destacou Maurren, 32 anos.

A opinião é compartilhada pelo técnico Nélio Moura, campeão também nas categoria masculina com o panamenho Irving Saladino. Para ele, a preparação foi a melhor possível dentro das limitações de infra-estrutura do Brasil.

"Eu só tenho a agradecer todo o apoio que a gente recebeu antes dos Jogos. Tivemos todo o tempo necessário para a preparação como nunca aconteceu antes em uma Olimpíada. Mais que medalhas, vale o número de finais que a gente teve em Pequim. Foi um recorde. A medalha da Maurren coroa o avanço do atletismo brasileiro. É a cereja do bolo", apontou.

O atletismo brasileiro conseguiu seis finais em Pequim, mas mostrou bom desempenho apenas em provas tradicionais do País, como o revezamento 4x100 m masculino e feminino (quarto lugar) e as provas de salto. Entre os homens, Jadel Gregório ficou em sexto no salto triplo, enquanto Keila Costa foi a 11ª no salto em distância, a prova vencida por Maurren.

Segundo Nélio, a medalha de ouro aumenta a pressão por resultados. "Se tivesse segredo (para o ouro), eu não contaria (risos). A gente montou um sistema que funciona dentro da nossa realidade. E a partir de agora o nível de exigência será maior. Mas eu gosto desse nível de desafio. E a função é cumprir as expectativas", promete o treinador.

"A Maurren vai ser modelo de milhões e milhões de crianças. E daqui para frente não tenho dúvidas de que surgirão novas Maurren, saltando marcas até maiores", completou Moura. "Com as ações que serão tomadas, nomes como a Maurren não vão aparecer mais por acaso. Vamos poder descobrir talentos com potencial e desenvolvê-los", afirmou.

Uma das novas esperanças no salto em distância já está cumprindo seu papel de protagonista: Keila Costa. Após conseguir 6,43 m em Pequim, a pernambucana, 25 anos, pode alcançar marcas ainda maiores segundo a avaliação do treinador.

"A Keila vai ser uma Keila, mas de alto nível. Ela é o único caso de uma finalista olímpica que salta com perna trocada. E ainda estava machucada. Seguramente ela vai seguir o caminho da Maurren quando se recuperar. Só precisa de tempo para se desenvolver", avaliou.

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