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24 de nov. de 2008

Renato Gaúcho: "milagre só o cara lá de cima faz"

Com a derrota por 2 a 1 em casa para o São Paulo, o Vasco não depende mais apenas de seus esforços para se livrar do rebaixamento. Os jogadores acreditam na salvação e o técnico Renato Gaúcho também. Mas o treinador desabafou, admitindo que a fragilidade do grupo tem feito a diferença na reta final do Brasileiro.

"Não podemos tapar o sol com a peneira. Cheguei para tentar salvar o Vasco e continuo acreditando que é possível. Mas milagre só o cara lá de cima faz. Corremos e lutamos mais, porém a qualidade técnica do São Paulo é superior à nossa e fez a diferença no fim. Quando a bola cai no pé é preciso saber o que fazer com ela", disse.

Usando metáforas, Renato deu um puxão de orelhas em seu time, o que mais perdeu nesse Brasileiro: são 19 derrotas em 36 jogos.

"Jogador de futebol tem a melhor vida do mundo: as melhores mulheres, carros, hotéis e fama. Mas, às quartas e domingos, há um pedaço de couro (a bola) que pode consagrar ou desempregar. Quando esse couro cai no pé o jogador, tem de saber o que fazer com ele", apontou.

Com relação ao jogo, Renato questionou a marcação da falta que originou o gol de Jorge Wagner e lamentou a falta de atenção no lance do gol de Hugo.

"Você dará as costas para seu filho de três anos no shopping? Não. Dentro de campo é preciso ter a mesma atenção com a bola. O futebol não perdoa. Um segundo de desatenção pode ser mortal", reclamou.

Embora alguns jogadores tenham deixado a desejar, como o atacante Leandro Amaral, vaiado pela torcida, Renato Gaúcho preferiu não criticar o grupo abertamente e reafirmou que não jogará a toalha.

"Não adianta esperar pelo tropeço de nossos adversários se não fizermos a nossa parte. Temos de pensar grande e buscar a vitória contra o Coritiba. Precisamos vencer lá para decidir na última rodada em São Januário, com apoio de nossa torcida", reiterou.

O treinador deu a receita para salvar o Vasco. "Mas já vi de tudo no futebol e ainda acredito. Só que, agora, tem que ser na base do coração. Não podemos nem pensar em empate", advertiu Renato, já que uma igualdade contra o Coritiba, no Couto Pereira, pode rebaixar o Vasco antes da última rodada.

Mesmo criticando o árbitro Leonardo Gaciba por não dar um suposto pênalti em Wagner Diniz, Renato reconheceu que o Vasco ficou devendo no aspecto emocional.

"Enfrentar o São Paulo aqui ou lá é sempre difícil. Eles tem um grupo que está junto há muito tempo. Já para a minha equipe cada jogo é um tormento psicológico porque, pela situação, temos sempre que fazer o resultado", comparou Renato, admitindo, como das últimas vezes, passar parte da madrugada desta segunda acordado.

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