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26 de ago. de 2008

Delegação paraolímpica chega em Macau para aclimatação

A Seleção Brasileira Paraolímpica de atletismo e natação está reunida em Macau para a semana de aclimatação que antecede a Paraolimpíada de Pequim, que terá início dia 6 de setembro. O grupo chegou na cidade depois de uma viagem de dois dias. As duas equipes fizeram uma escala em Hong Kong e seguiram para Macau de ferryboat.


"A China é uma experiência totalmente nova, mesmo para quem já viajou pra diversas competições, com certeza vamos ter dificuldades na adaptação pela cultura diferente, mas acreditamos que essa semana será muito boa para equipe", explicou o chefe da delegação brasileira Alberto Martins.

Os 72 atletas (48 atletismo e 24 natação), treinam duas vezes por dia nas modernas instalações do Complexo Esportivo de Macau, que recebeu a equipe Olímpica do Brasil de natação para o mesmo período de aclimatação antes dos Jogos Olímpicos.

"Está sendo maravilhoso, uma oportunidade única, estou muito feliz nem todos os atletas têm essa chance. A pista de treinamento é boa, o clima daqui é um quente e parecido com o de Pequim, isso ajudará muito", comentou o corredor da classe T12, para pessoas com baixa visão, Odair dos Santos.

Além dos treinos eles freqüentam sessões diárias de fisioterapia e participam do grupo de psicologia. A piscina e o spa do hotel estão à disposição para descontração e minimizar o forte calor da cidade. O grupo se esforça para lutar contra o sono por conta do fuso de 11 horas e para se adaptar a cultura.

"Geralmente é necessário um dia para recuperar cada hora de diferença, por isso a adaptação de onze dias é muito importante", explicou a fisioterapeuta Andressa da Silva.

"Os atletas estão dormindo cada vez melhor. Recomendamos que eles não durmam durante o dia e sim sincronizem seus corpos e mente com o horário local", completou a fisioterapeuta.

"Onze horas de fuso complica um poucoa cabeça, mas até o dia 8 de setembro, quando a gente começa a competir, as coisas já estarão normais e tudo dará certo", disse Odair que ainda comentou sobre a dificuldade da adaptação à alimentação.

"Tem macarrão, arroz mas quando a gente prova no sei o que é, mas o gosto é diferente, sinto saudades da comida da minha mãe", declarou o nadador Daniel Dias, que disputa sua primeira Paraolimpíada.

"Alguns até se arriscam a provar um novo prato, mas para garantir preferem comer o que já conhecem", completou o nadador que disputa a classe S6, para atletas com má formação congênita.

A equipe é a quarta maior dos Jogos, com 188 atletas, ficando atrás apenas dos donos da casa, Estados Unidos e Grã-Bretanha. A delegação embarca para Pequim no dia 30 de agosto, quando será aberta a Vila Paraolímpica.

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