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26 de ago. de 2008

Palmeiras e São Paulo travam duelo de arenas

A confirmação da realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, no ano passado, fez com que os principais clubes do País resolvessem modernizar seus estádios para sediar as partidas da competição. Na capital paulista, a disputa fica por conta de Palmeiras e São Paulo. Enquanto o primeiro buscou em uma parceira estrangeira a solução para o sonhado projeto de reforma do Palestra Itália, o clube tricolor se movimenta para buscar apoio financeiro e readaptar o Morumbi às exigências da Fifa.

Desse modo, a comparação entre os projetos torna-se inevitável e praticamente natural, apesar de os clubes terem pretensões diferentes. Se o Morumbi é cogitado para receber a abertura da Copa, o Palestra Itália pretende sediar partidas da Itália. Isso, no entanto, não exclui a rivalidade entre os dois times até mesmo em um evento esportivo que envolverá apenas seleções nacionais.
Neste sábado, será a vez de os associados do Palmeiras decidirem se aceitam ou não o projeto de modernização do estádio. Por isso, o clube divulgou em seu site oficial uma carta aberta aos sócios, que pede o voto favorável ao início das obras. Caso seja aprovada, a reforma deverá ter início oficial no dia 20 de setembro, com a entrega da Pedra Fundamental. A conclusão da arena multiuso, cujo orçamento beira R$ 220 milhões - pagos pela W Torre, parceira responsável pela modernização do estádio -, está planejada para dezembro de 2010.

O contrato prevê que o uso da superfície seja cedido por 30 anos à W Torre, que fará a manutenção do estádio. Já o Palmeiras arcará com as despesas para a utilização do espaço para o jogo - como energia elétrica, água, segurança, custeios de seguro. Pelo período de contrato, porém, está prevista uma economia de R$ 8 mi anuais aos cofres palmeirenses.

Vladimir Rioli, presidente da PluriSport, empresa contratada pelo Palmeiras para realizar os estudos econômicos da arena, garante que o clube só tem a ganhar e que as críticas feitas sobre o projeto até hoje não são coerentes. "Vi críticas sobre o projeto. Mas todo o lucro do futebol (como direitos de transmissão e bilheteria) permanecerá com o clube", destacou, em encontro de arquitetos e engenheiros realizado na capital paulista, nesta terça-feira. O estádio deverá ter espaço para aproximadamente 43 mil pagantes.

Por sua vez, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, deve anunciar nas próximas semanas algumas parcerias para a modernização do Morumbi, assim que estiver concluído o planejamento orçamentário do projeto. Com as reformas, a capacidade atual do estádio (80 mil lugares, segundo o site oficial do clube) deve ser diminuída para 62 mil cadeiras, a fim de cumprir as exigências de segurança e conforto da Fifa.

"Já recebemos a visita do Papa e os shows da Madonna e do Michael Jackson. Eventos de grande porte", afirmou o arquiteto responsável pela projeto de modernização do estádio tricolor, Ruy Ohtake, que confia na experiência são-paulina para que a abertura da Copa seja feita no Morumbi. "Que vai ser Morumbi, vai", concluiu, rindo.

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