Dunga: aumenta a pressão, mas tenho minhas convicções

Após deixar a Olimpíada de Pequim sem a medalha de ouro no peito, o técnico da Seleção Brasileira de futebol Dunga admitiu que agora a pressão será ainda maior. No entanto, mesmo com o revés por 3 a 0 diante da eterna rival Argentina, o comandante assegurou que o trabalho irá continuar e o treinador seguirá com suas "convicções".

"Com a derrota, aumenta a pressão, o questionamento, mas o importante é ter convicção e dar seqüência no trabalho. São nesses momentos que vemos a reação de cada um. Viemos de uma vitória na Copa América e agora aconteceu isso. Essa é a vida do esportista. Temos que trabalhar duro. Temos que ter a tranqüilidade e saber reagir", afirmou.

Antes de ir para a Olimpíada, a equipe do treinador fez duas partidas decepcionantes pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Depois de uma derrota para o Paraguai e um empate com a Argentina, Dunga foi chamado de "burro" pela torcida no Mineirão lotado.

Mesmo com a derrota para a Argentina nesta terça-feira, Dunga seguirá com seu planejamento e voltou a afirmar que poderá dar oportunidades para os jogadores olímpicos atuarem na Seleção principal.

"Não é por um jogo que iremos questionar o jogador. Sempre que for possível daremos oportunidades. Meu pensamneto não vai mudar, vai permanecer o mesmo. Esses jogadores podem ir para a Seleção principal sem dúvida", explicou.

Os Jogos Olímpicos têm um histórico negativo para o cargo de treinadores da Seleção, que jamais conquistou uma medalha de ouro. Em Seul 1988, o técnico Carlos Alberto Silva deixou o comando após a conquista da prata e Vanderlei Luxemburgo foi dispensado devido à queda prematura em Sydney 2000 e aos problemas pessoais.

Fora da briga pela medalha de ouro, a equipe comandada por Dunga irá disputar a medalha de bronze, nesta sexta-feira. Os brasileiros enfrentarão a Bélgica, que já perdeu para o time verde e amarelo na primeira fase, por 1 a 0.