Marta confirma acerto com time americano

A atacante brasileira Marta confirmou nesta segunda-feira, em entrevista antes da premiação de melhor jogadora do mundo pela Fifa, em Zurique, na Suíça, que acertou com o Los Angeles Sol, dos Estados Unidos, por três temporadas. Até 2008 ela defendeu o Umea, da Suécia.

"Eu acertei com o Los Angeles Sol. Foram alguns meses de negociação. Resolvi acertar com o Los Angeles por me apresentar um projeto bem ambicioso. Eles querem fazer uma liga muito competitiva, talvez a melhor do mundo, e isso atrai a jogadora. Minha próxima equipe, neste ano, será o Los Angeles", afirmou.

Emocionada, Marta afirmou que sentirá saudades de seu antigo clube, com o qual jogou por cinco anos. No entanto, a brasileira se diz pronta para o desafio nos Estados Unidos.

"Não vou esquecer de uma hora para outra o Umea. Foram cinco anos de muita alegria. Saio triste por um lado, mas feliz por este novo desafio. Eles (do Umea) nunca fecharam a porta. Eu tenho a desejar que eles tenham uma boa temporada e continuem brilhando", disse, quase chorando.

"Eu não penso somente no Los Angeles, e sim em todo os Estados Unidos. Quero chegar e fazer o que sei de melhor. Quero ajudar a liga tornar uma das mais competitivas. Isso é possível porque os Estados Unidos são fortes", completou.

Além de Marta, concorrem ao prêmio de melhor jogadora do mundo as alemãs Nadine Angerer e Birgit Prinz, a brasileira e Cristiane e a inglesa Kelly Smith. A vencedora será anunciada às 17h (de Brasília) desta segunda-feira.

Desiludida com Brasil, Cristiane deve seguir rota de Marta

Entre as cinco finalistas do prêmio de melhor jogadora do ano oferecido pela Fifa, em Zurique, na Suíça, a atacante brasileira Cristiane pode seguir o caminho de Marta e jogar nos Estados Unidos em 2009. Desiludida com o tratamento dado ao futebol feminino no Brasil, a jogadora do Corinthians está em negociação com o Chicago Red Stars.

"Tenho proposta de jogar no Chicago. Nas duas primeiras semanas de fevereiro devemos acertar os últimos detalhes. Estão indo muitas brasileiras para lá (Estados Unidos) e vai ser muito bom. Será muito legal na minha carreira. Espero ajudar a equipe com meu futebol", afirmou durante entrevista realizada antes da premiação da Fifa.

Cristiane voltou a reclamar da falta de incentivo ao futebol feminino no Brasil. Para ela, o panorama atual afasta as melhores jogadoras do País e retarda a evolução da modalidade.

"Esperança sempre tivemos, mas cada vez mais parece mais distante. Nosso País não tenta segurar essas aletas. Desde 2004 jogamos um bom futebol e não temos nada para provar. É uma esperança que não dá em nada. Esperamos que daqui a cinco e dez anos, mude alguma coisa. Tem muita menina querendo jogar", afirmou.

Acertada com o Los Angeles Sol, também dos Estados Unidos, Marta fortaleceu as palavras da companheira. "O futebol no Brasil é ainda imprevisível. Nós jogadoras não temos muito que fazer. Falta muito. Tem falta de interesse, não do povo, mas das pessoas que podem fazer alguma coisa", disse.

"No Pan tinham 70 mil pessoas no Maracanã. O brasileiros gostam de futebol, mas não tem investimento. Não temos uma noção de quando pode ocorrer uma liga no Brasil", completou.
Além de Marta e Cristiane, concorrem ao prêmio de melhor jogadora do mundo as alemãs Nadine Angerer e Birgit Prinz e a inglesa Kelly Smith. A vencedora será anunciada às 17h (de Brasília) desta segunda-feira.