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18 de ago. de 2008

Corinthians contrata atacante Otacílio Neto, ex-Noroeste

Depois de apresentar sem alarde o atacante Bebeto, a diretoria do Corinthians trabalhou em silêncio e confirmou a contratação de outro avante para a temporada. Trata-se de Otacílio Neto, que marcou dez gols no Campeonato Paulista desse ano jogando pelo Noroeste. O jogador já realizou exames médicos e assinou contrato por quatro anos.

"Ele é um grande jogador e espero que ele repita o futebol que fez com que a comissão técnica indicasse a sua contratação, afirmou Mario Gobbi Filho, vice-presidente de futebol, à Rádio Transamérica.

O desejo de contratar Otacílio Neto já era antigo. Após o Campeonato Paulista de 2007, o jogador esteve nos planos do time paulista, mas o negócio não pôde ser concretizado na ocasião.

Nas últimas semanas, o atacante, de 25 anos, realizava tratamento de uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo no Palmeiras desde abril. Mesmo assim, Otacílio Neto optou por fechar com o Corinthians, clube que adquiriu 40% dos diretos econômicos do atleta, ainda segundo Gobbi Filho.

"Essa questão de fazer tratamento em um clube e assinar por outro é algo normal. O [zagueiro] Anderson, por exemplo, se recuperou no Corinthians e fechou com o São Paulo. Quando um clube cede suas instalações a um jogador, não está implícito que ele terá que contratá-lo também", completou o vice-presidente de futebol corintiano.

Dessa forma, o Corinthians passa a ter sete atacantes em seu elenco. Além dos titulares Herrera e Dentinho, o técnico Mano Menezes ainda tem à disposição Careca, Lima e Bebeto. O uruguaio Acosta, que vinha sendo utilizado na posição, se contundiu e só volatará a jogar em 2009.

Substituto de Felipão poupa Deco em seu 1º treino em Portugal

A seleção portuguesa de futebol iniciou nesta segunda-feira uma nova era depois da saída do treinador brasileiro Luiz Felipe Scolari, que se transferiu para o Chelsea, da Inglaterra.


O substituto do técnico gaúcho, Carlos Queiroz, reuniu o grupo para treinar visando o amistoso contra Ilhas Faroe, na quarta. O novo comandante preferiu poupar alguns jogadores que participaram de jogos com suas equipes no final de semana.

Um deles foi o brasileiro naturalizado Deco, agora subordinado de Scolari no Chelsea. O meia, assim como Bosingwa, Ricardo Carvalho, Eduardo, Miguel e Fernando Meira, realizaram um trabalho em separado com o auxiliar José Miguel.

Duas das novidades da convocação feita por Queiroz, o goleiro Eduardo e o meio-campo Danny falaram com a imprensa. Este último não escondeu o orgulho de defender o time nacional: "Quero me afirmar. A seleção tem três grandes goleiros e todos estão aqui em busca de espaço", declarou ao jornal A Bola, referindo-se a Quim e Daniel.

Após clausura, Diego Hypólito vai encarar holofotes

"Peço desculpas aos brasileiros por esse resultado. Desculpe a expectativa que todo o mundo teve em cima de mim. Infelizmente, não deu certo". Foram essas as primeiras frases do ginasta Diego Hypólito após o erro na final individual do solo, em Pequim. Palavras que mal saíram em meio ao choro. Minutos antes, assustado, sem entender direito por que não havia acertado, ele se levantou, levou a mão à cabeça e esperou pela confirmação da nota. Favorito à medalha de ouro, o atleta ficou com a sexta posição. E foi às lágrimas.


Mesmo com contratempos recentes - passou por dengue e uma cirurgia no joelho direito -, Diego desembarcou confiante na capital chinesa. "Nada que tenha atrapalhado a preparação", assegurara o atleta em sua chegada. De fato, ele se classificou para a final individual do solo com a maior marca das eliminatórias. De direito, ele detinha o favoritismo ao primeiro posto, já que dominou o aparelho nos últimos quatro anos.

Sem digerir o que havia acontecido em sua apresentação, no último domingo, Diego preferiu o isolamento e se trancou no quarto. O erro, para campeões como ele, dificilmente é batido com facilidade. O apoio da comissão técnica, porém, convenceu o atleta de que ele deveria espairecer.

Nesta segunda-feira, o ginasta caminhou pela área residencial da Vila Olímpica, local em que o acesso é restrito a atletas e representantes de delegações de todos os países, rompendo o estado de clausura.

Amanhã, ele terá novamente holofotes pela frente. A partir de 15h (horário de Pequim), Diego atenderá jornalistas na Zona Internacional. Sem medalhas, mas com a mesma personalidade de eterno vencedor.

Clássico entre Vasco e Botafogo será mesmo no Maracanã

A diretoria do Vasco bem que tentou, mas como bem lembrou o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, a mudança do local do clássico do Maracanã para São Januário, domingo, às 18h10m, deveria ter sido pedida antes pelo clube cruzmaltino. Nesta segunda-feira, ainda existia a possibilidade de o duelo ser transferido, mas a Confederação Brasileira de Futebol confirmou que não tem mais como mudar, pois o prazo expirou.

- Por mais que tenha muito carinho pelo Roberto Dinamite, isso não pode ser feito. O regulamento da competição é claro, e há anos isso vem sendo respeitado. Não existe razão para mudar agora – diz o diretor do Departamento Técnico da CBF, Virgílio Elíseo.

Assim, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, teve que aceitar jogar mesmo no Maracanã. É bom lembrar que no dia de sua posse, o dirigente afirmou que no seu entender, todos os clássicos entre os grandes do futebol carioca teriam que ser no maior estádio do estado, o Maraca.

Longe do Palestra Itália nas três próximas rodadas, Verdão vai decidir o seu futuro

Melhor mandante do Campeonato Brasileiro, com nove vitórias e um empate, o Palmeiras ficará afastado do Palestra Itália nas três próximas rodadas. E, se quiser continuar lutando pelo título com o líder Grêmio, a equipe precisa acabar com a síndrome de derrotas fora de casa. Os próximos desafios são o Internacional, quarta-feira, às 22h, no Beira-Rio, em Porto Alegre; Portuguesa, domingo, às 16h, no Pacaembu; e o Atlético-PR, dia 31 de agosto, na Arena da Baixada, em Curitiba.

- Não temos feito bons jogos fora de casa e agora chegou a momento em que precisamos vencer. Não sei de que forma, mas a verdade é que somente a vitória nos interessa nas próximas partidas. Vamos pensar, trabalhar e achar um meio de somar os três pontos de qualquer maneira contra o Internacional - afirma o atacante Kléber.

A preocupação dos jogadores do Palmeiras com o desempenho pífio longe do Palestra Itália faz sentido. Afinal, em 10 partidas disputadas fora de casa no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, a equipe venceu em apenas duas oportunidades (Vasco e Ipatinga). Foram cinco derrotas (Coritiba, Sport, São Paulo, Goiás e Botafogo) e três empates (Portuguesa, Atlético-MG e Grêmio).

- Nosso percentual no aproveitamento fora de casa precisa aumentar no segundo turno. Ninguém esconde isso no Palmeiras. É claro que o Campeonato Brasileiro está equilibrado, mas precisamos buscar os três pontos de qualquer maneira nas próximas rodadas. Caso contrário, a equipe dificilmente conseguirá superar o Grêmio, que está tranqüilo na liderança - diz o zagueiro Gladstone.

Agente de Villa garante que ele fica no Valencia

O agente do jogador David Villa, José Luis Tamargo, garantiu em 100% que ele fica no Valencia, após reunião com o presidente do clube, Fernando Gómez, nesta segunda-feira, aifmrou o jornal Marca.

Tamargo disse que a vontade de Villa em permanecer no Valencia foi respeitada. Apesar de garantir a continuidade, ele não deu o acordo por encerrado. "estamos falando de Villa, não de qualquer jogador. Essas coisas levam todo tempo do mundo".

O representante acredita que ao final da Supercopa, tudo estará resolvido. "Quero falar com ele sobre isso, porém agora não posso porque ele está com a seleção espanhola. Vou esperar que volte".

EUA vencem e Brasil reencontra algoz de Atenas

Os Estados Unidos venceram o Japão por 4 a 2, de virada, na segunda semifinal do torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos, e reeditam a final olímpica de Atenas 2004, quando as americanas venceram as brasileiras por 2 a 1 na prorrogação.


As japonesas saíram na frente com Ohno aos 16min, mas as americanas conseguiram virar ainda no primeiro tempo, com Hucles aos 41min e Chalupny aos 44min.

Na etapa final, os EUA dominaram a partida e ampliaram o placar com O'Reilly aos 25min e Hucles de novo aos 35min. O Japão conseguiu descontar nos acrésimos com Arakawa, mas já era tarde demais.

O Brasil reencontra os Estados Unidos, bi-campeão olímpico, em uma final olímpica na próxima quinta-feira e busca seu primeiro ouro olímpico na modalidade

Ameaçado, Santos perde Maikon Leite por 8 meses

Depois de complicar ainda mais a sua situação no Campeonato Brasileiro ao ceder o empate por 2 a 2 para o Flamengo neste domingo, na Vila Belmiro, o Santos recebeu na manhã desta segunda-feira a notícia que não poderá contar com o atacante Maikon Leite pelos próximos oito meses, dificultando ainda mais a sua luta contra o rebaixamento.

De acordo com o médico Jorge Merouço, o jogador corre o risco de encerrar sua carreira caso não seja feita uma cirurgia precisa, uma vez que sua lesão é rara. Por isso, a operação será

comandada por Joaquim Grava, especialista no assunto e que já trabalhou no Santos.

"A lesão do Maikon além de gravíssima, é rara. Ele rompeu os ligamentos cruzados anterior e posterior, colateral medial, além de ter lesionado o ligamento patelar e deslocado a rótula. A cirurgia do jogador deve ser marcada para esta quarta-feira em São Paulo, e o prazo de recuperação pode variar entre seis e oito meses", comunicou o médico do clube, Carlos Braga.

O jogador, um dos poucos destaques do time alvinegro na competição nacional, sofreu lesão no joelho direito ao disputar uma bola com o goleiro Bruno e deixou o gramado chorando bastante. Um dia depois, com a região menos inchada, o atleta passou por exames e foi diagnosticada a gravidade.

Contratado junto ao Santo André para ajudar o Santos a se manter na elite do futebol nacional, o jovem atacante chegou ao clube praiano no final de junho e, em 11 partidas, balançou as redes adversárias duas vezes. Até o momento, em 20 rodadas, o time da Baixada soma apenas 18 pontos e ocupa a penúltima colocação, à frente apenas do Ipatinga.

Ivanovic recupera liderança do ranking da WTA

A russa Elena Dementieva, campeã olímpica, ganhou duas posições e aparece agora no quinto lugar.

Confira a nova classificação WTA:
1. Ana Ivanovic (SER) 3612 (+1)
2. Jelena Jankovic (SER) 3515 (-1)
3. Svetlana Kuznetzova (RUS) 3455
4. Serena Williams (EUA) 3341
5. Elena Dementieva (RUS) 3194 (+2)
6. Maria Sharapova (RUS) 3131 (-1)
7. Dinara Safina (RUS) 3077 (-1)
8. Venus Williams (EUA) 2586
9. Vera Zvonavera (RUS) 2117 (+2)
10. Agnieszka Radwanska (POL) 2076 (-1)
11. Anna Chakvetazde (RUS) 2041 (-1)
12. Daniela Hantuchova (SVQ) 1805
13. Marion Bartoli (FRA) 1635
14. Agnes Szavay (HUN) 1624
15. Victoria Azarenka (BLR) 1593 (+1)
16. Patty Schnyder (SUI) 1542 (-1)
17. Flavia Pennetta (ITA) 1335
18. Alizé Cornet (FRA) 1291
19. Dominika Cibulkova (SVQ) 1202
20. Nadia Petrova (RUS) 1181 (+1)

Jogador sueco é acusado de roubar banco

O jogador sueco Patrik Manzila foi preso no domingo pela polícia da Dinamarca, suspeito de participar do roubo de um banco na cidade de Brondby, no último dia 10. Além do atleta, também foram detidos outros três suecos e um dinamarquês. O valor do roubo foi de 60 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 18 milhões).


Mazila, de 28 anos, atua pelo Vasby United, da Segunda Divisão da Suécia. De acordo com o jornal dinamarquês "Ekstra Bladet", o jogador teria dívidas no valor de 350 mil coroas suecas (R$ 900 mil) e não teria encontrado uma forma de saldá-las. Todos os detidos no caso se declararam inocentes.

No dia 10, cinco homens ainda não identificados roubaram um caminhão da empresa Dansk Vaerdihandtering, que faz transporte de valores, na porta do banco, levando todo o dinheiro do carro forte. Na fuga, ainda trocaram tiros com dez catadores de lixo.

Leão fecha acordo com a Traffic nesta semana

Com o objetivo de engordar os cofres do clube e evitar a saída precoce de duas de suas jovens promessas - Marquinhos e Willians -, o Vitória fechará, ainda nesta semana, um acordo com a Traffic, empresa de marketing esportivo que investe no futebol.


O Rubro-negro irá repassar de 20 a 30% dos direitos econômicos dos dois jogadores à empresa. Os direitos federativos dos atletas continuarão presos ao Vitória. Assim, uma futura negociação só será efetivada com o aval da diretoria leonina e, de acordo com o presidente Jorge Sampaio, Marquinhos e Willians só deixarão o clube após o Campeonato Brasileiro.
- Vamos repassar percentuais dos direitos econômicos do Marquinhos e do Willians à Traffic. Mas é o Vitória que continuará decidindo o futuro deles. Além do dinheiro, esse acordo também tem como objetivo manter esses jogadores no clube. Até o fim deste ano, eles não sairão do Vitória - afirma Jorge Sampaio.

O meia Willians tem 19 anos e o atacante Marquinhos, 18.

Brasil pode pegar a Itália na semifinal masculina dos Jogos de Pequim

A seleção brasileira masculina de vôlei pode enfrentar a Itália, tradicional rival, nas semifinais das Olimpíadas de Pequim. Caso a Itália passe pela Polônia e o Brasil vença a China, a final de Atenas-2004 será reeditada uma fase antes, quatro anos depois.


Brasil e China se enfrentarão às 9h desta quarta-feira (horário de Brasília). Já Itália e Polônia jogam antes, à 1h. Os outros jogos que determinarão os semifinalistas dos Jogos de Pequim serão Bulgária e Rússia, às 23h desta terça-feira, e Estados Unidos e Sérvia, às 11h de quarta.

Confira os confrontos das quartas-de final:
19/8 - 23h - Bulgária x Rússia
20/8 - 1h - Itália x Polônia
20/8 - 9h - China x Brasil
20/8 - 11h - Estados Unidos x Sérvia

Irving Saladino confirma favoritismo e conquista o ouro no salto em distância

O panamenho Irving Saladino, campeão mundial de salto em distância, confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Pequim. Com a marca de 8,34m, obtida em sua quarta tentativa, ele ficou à frente do segundo colocado, o sul-africano Khotso Mokoena (8,24m). O cubano Ibrahim Camejo ficou com o bronze, com um salto de 8.20m.


Os recordes olímpico e mundial dos americanos Bob Beamon (8,90m) e Mike Powell (8,95), respectivamente, ficaram longe de serem ultrapassados. Saladino, inclusive, ficou distante de sua melhor marca, obtida no Meeting de Hengelo (Holanda), em maio, quando saltou 8,73m.

Irving Saladino treina em São Paulo com o técnico brasileiro Nélio Moura (o mesmo de Maurren Maggi e Keila Costa) e conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos do ano passado. Um mês depois, em agosto de 2007, foi campeão mundial em Osaka, no Japão, com 8,57 m, novo recorde sul-americano.

Confira a classificação final do salto em distância:

1º Irving Saladino (PAN) - 8,34m
2º Khotso Mokoena (AFS) - 8,24m
3º Ibrahim Camejo (CUB) - 8,20m
4º Ngonidzashe Makusha (ZIM) - 8,19m
5º Wilfredo Martinez (CUB) - 8,19m
6º Ndiss Kaba Badji (SEN) - 8,16m
7º Luis Felipe Meliz (ESP) - 8,07m
8º Roman Novotny(TCH) - 8,0m

Americanos são ouro, prata e bronze nos 400 metros com barreiras em Pequim

Angelo Taylor faz melhor marca do ano e vence prova com facilidade

Angelo Taylor chega com sobra e comemora Os Estados Unidos dominaram a final dos 400m com barreiras nas Olimpíadas de Pequim. Angelo Taylor fez a melhor marca do ano na prova (47s25) e levou a medalha de ouro, seguido dos compatriotas Kerron Clement e Bershawn Jackson.

O jamaicano Danny McFarlane ficou em quatro, 0s24 atrás de Jackson. Confira abaixo os tempos da prova:

1º - Angelo Taylor (EUA) - 47s25 PB
2º - Kerron Clement (EUA) - 47s98
3º - Bershawn Jackson (EUA) - 48s06
4º - Danny McFarlane (JAM) - 48s30
5º - L.J. van Zyl (AFS) - 48s42
6º - Marek Plawgo (POL) - 48s52
7º - Markino Buckley (JAM) - 48s60
8º - Periklis Iakovakis (GRE) - 49s96

Isinbayeva garante ouro, bate recorde mundial e dá show no Ninho do Pássaro

Musa russa seguiu sozinha na competição para melhor sua marca

Enquanto Fabiana Murer sofreu com sumiço de sua vara, Yelena Isinbayeva não teve nenhum problema para garantir a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim.

A musa russa só precisou saltar duas vezes para conquistar a vitória na final do salto com vara, nesta segunda-feira, no Ninho do Pássaro. Mas ela seguiu na prova e bateu seu próprio recorde mundial em incríveis 5,05m. A americana Jennifer Stuczynski ficou com a prata com a marca de 4,80m. A russa Svetlana Feofanova completou o pódio (4,75m).

Isinbayeva nem viu o tumulto que aconteceu no início da disputa. A russa, que começou a saltar bem depois das outras atletas, dormia em um canto do Ninho do Pássaro enquanto Fabiana procurava revoltada a sua vara. Quando Isinbayeva acordou para saltar, a brasileira já havia até sido eliminada.

Para aquecer, a russa saltou 4,70m e passou com tranqüilidade logo na primeira tentativa. Depois, foi direto para 4,85m e repetiu o ótimo desempenho da altura anterior. Só a americana Jennifer Stuczynski continuava na disputa. Mas, depois de conseguir passar pelos 4,80m, derrubou o sarrafo nas três tentativas dos 4,90m.

Mesmo com a medalha de ouro já garantida, Isinbayeva resolveu continuar dando seu show. Na terceira tentativa dos 4,95m, conseguiu não derrubar o sarrafo e ainda superou seu próprio recorde olímpico (4,91m). Mas ainda não era suficiente. Ela queria quebrar o recorde mundial (5,04m). E conseguiu. Estabeleceu a nova marca, em 5,05m, na terceira tentativa, para delírio do público presente. Para encerrar, deu a volta olímpica com a bandeira da Rússia nas costas e agradeceu o carinho dos chineses.

Este foi o 24º recorde mundial da Isinbayeva, sendo o 16º ao ar livre (12 consecutivos).

Emanuel dá susto, mas campeões batem dupla dos EUA e se garantem nas semis

Após show de favoritos, Brasil garante presença na final olímpica de 2008

Após a classificação sofrida para as quartas-de-final, Ricardo e Emanuel viveram um drama diferente nesta segunda-feira. O paranaense deu um susto no companheiro e no Brasil ao cair durante um bloqueio. Mas a tensão durou pouco, e os campeões olímpicos deram um show diante dos americanos Gibb e Rosenthal. A forte dupla americana deu trabalho, mas os brasileiros venceram por 2 a 0, parciais 21/18 e 21/16, garantindo a vaga nas semifinais das Olimpíadas.

Com a vitória da dupla, o Brasil mantém sua tradição no pódio olímpico do vôlei de praia. Na briga por uma vaga na decisão, Ricardo e Emanuel vão encarar os compatriotas Márcio e Fábio Luiz, que se classificaram após derrotarem os austríacos Gosch e Horst por 2 a 0, parciais de 22/20 e 21/17.


E outra dupla brasileira também vai brigar por medalha, já que Renatão e Jorge, que defendem a Geórgia com os nomes de Geor e Gia, garantiram sua vaga nas semifinais. Seus adversários serão os americanos Rogers e Dalhausser. Os dois confrontos serão realizados na próxima quarta-feira, em horário a ser definido.

Após se machucar, Emanuel faz defesa até com o cotovelo
A partida começou bem para os brasileiros, com duas cravadas de Ricardo. No entanto, logo no início, Emanuel subiu no bloqueio e sentiu o joelho esquerdo na aterrissagem. O jogo parou. O paranaense massageou o local e saiu mancando, mas decidiu continuar. Ricardo lhe deu um abraço de incentivo. Mas o presente veio com um bloqueio que acabou com a vantagem dos rivais: 8 a 8. Conhecido como “Block Machine” (Máquina de Bloqueios), o brasileiro fechou a rede: 15 a 12.

A torcida verde-amarela presente na Arena de Chaoyang se animou, empurrando a dupla. Em quadra, Ricardo e Emanuel davam motivos de sobra para empolgação: 17 a 13. Com dois bloqueios de Gibbs, os americanos encostaram (17 a 16), mas o talento brasuca falava mais alto. Emanuel chegou a fazer uma defesa com o cotovelo. E Ricardo parou Rosenthal na rede, fazendo o público aplaudir de pé: vitória por 21 a 18.

Ralis levantam público na Arena de Chaoyang
Na parcial seguinte, equilíbrio total. Determinados a buscar o empate, os americanos exigiram todo o esforço dos brasileiros. Inspirado, Rosenthal fez grandes defesas. Mas Ricardo e Emanuel estavam preparados. Com ataques variados, um “gigante” no bloqueio e outro na defesa os favoritos conseguiram se distanciar em 16 a 13. Os rivais tentaram reagir e as duplas protagonizaram três ralis eletrizantes. Os campeões mantiveram a calma e a perfeição nos bloqueios e na defesa. Levantaram o público e garantiram a vitória por 21 a 16.

Merecidamente, foram aplaudidos de pé mais uma vez. Independentemente do vencedor da semifinal verde-amarela, a emoção está garantida.

Projeto de quatro anos termina com medalha para Fernanda e Isabel

Há quatro anos, nas Olimpíadas de Atenas, Fernanda Oliveira e sua proeira na época, Adriana Kostiw, disputaram os Jogos com um barco velho, de uma geração anterior ao de todas as suas concorrentes. Elas foram a grande surpresa da delegação de vela brasileira na época, conquistando a classificação apenas na última hora.


Mesmo assim, começava ali o projeto olímpico que, nesta segunda-feira, terminou com a medalha de bronze na classe 470 feminina, a primeira de velejadoras brasileiras nos Jogos Olímpicos. "Esse é o resultado de um trabalho de quatro anos, em que as meninas evoluíram muito. A Fernanda montou uma equipe em forma da dupla, me contratou, trouxe a Bel para Porto Alegre, usou psicólogo, personal trainer. Foi um 'pool' de esforços que terminou com esse terceiro lugar", afirmou o técnico Paulo Ribeiro, que trabalha com a dupla desde 2005.

A felicidade dos resultados que fomos conseguindo nas regatas nos deixava mais calmas cada vez que a gente se via mais perto da medalha. Acho que nosso resultado foi muito bom, não deu pra pôr a mão na prata mas isso fica para a próxima vez" - Fernanda Oliveira
Ao voltar dos Jogos de Atenas, Fernanda resolveu adotar uma estratégia nova para a campanha olímpica seguinte. Conseguiu um patrocinador que se prontificou a investir durante quatro anos e montou toda uma estrutura para tirar a vela feminina da sombra masculina no país. Com dinheiro, conseguiu trazer uma proeira novata, mas que mostrava talento, a niteroiense Isabel Swan, para morar no Rio Grande do Sul, nas águas do Rio Guaíba.


Aos poucos, os resultados foram aparecendo. Em 2006, já com um ano de treinos, as duas terminaram em quarto lugar na Semana de Kiel, na Alemanha, uma das mais importantes da vela mundial. Um mês depois, veio a Semana Pré-Olímpica de Qingado. Na mesma raia em que os Jogos Olímpicos foram disputados, elas conquistaram o quarto lugar, aproveitando o bom desempenho nos ventos fracos chineses.

Um mês depois, agora em Rizhao, também na China, veio a prova mais forte de que o projeto estava no caminho certo. O quarto lugar no Mundial de 470 foi o melhor resultado de uma dupla brasileira em classes olímpicas na história. A partir daí, Fernanda e Isabel passaram a despertar atenção entre as concorrentes.

"Antes, quando a gente chegava nas regatas, ninguém dava atenção. A partir do Mundial, começaram a nos notar, observar mais, chamar a gente para treinos conjuntos", lembra Fernanda. Desde então, as brasileiras só evoluíram. Mesmo em uma classe competitiva, chegaram entre as dez primeiras em seis das sete regatas internacionais que disputaram depois do Mundial.

A única em que tiveram um desempenho ruim foi na Semana Olímpica Francesa, em Hyéres, em abril desse ano, na qual acabaram em 19º lugar. Na sequência, porém, conquistaram o vice-campeonato da Semana Olímpica da Holanda, melhor resultado da carreira da dupla em competições internacionais.

Em todo esse período, elas contaram com um intercâmbio com a dupla da Itália, Giulia Conti e Giovanna Micol, então líderes do ranking mundial. As européias, que chegaram em Pequim como favoritas e terminaram fora do pódio, vieram ao Brasil várias vezes, para treinar com as brasileiras. "Esse intercâmbio foi proveitoso. Pudemos aprender muito", conta Fernanda.

Com 17,15 m, Jadel vai à final do salto triplo

O atleta brasileiro Jadel Gregório marcou 17,15 m em sua primeira tentativa e se classificou para a final do salto triplo dos Jogos Olímpicos de Pequim. A marca mínima para a classificação era 17,10 m. Com o salto, ele ficou na 9ª colocação da eliminatória.


Gregório ficou satisfeito com a sua classificação. "Correu tudo certinho como prevíamos, em um só salto. Depois fiquei curtindo um pouco a energia dos Jogos Olímpicos, vendo os outros", disse o atleta, que ficou impressionado com o estádio Ninho de Pássaro.

De acordo com Gregório, o mais importante é a final. "A qualificação não importa. Estou muito perto de minha melhor marca, de 17,90 m". Jadel saltou a marca em maio de 2007, em Belém-PA.

O também brasileiro Jefferson Sabino não conseguiu alcançar a marca mínima em suas três tentativas.

Na primeira, ele saltou 16,12 m e na segunda, 16, 45 m. Na última ele queimou a linha de salto e se despediu dos Jogos Olímpicos. Ele terminou no 28º lugar.

"Não dá para dizer que foi um desempenho, esperava ter saltado bem mais, acima de 17m. Foi péssimo", disse.

A melhor marca foi de Phillips Idowu, da Grã-Bretanha, que saltou 17,44 m. A segunda marca ficou com o português Nelson Évora, com 17,34 m e a terceira com o chinês Yanxi Li, com 17,30 m.

A final do salto triplo acontece na próxima quinta-feira a partir das 9h20 de Brasília.

Maior astro chinês abandona prova e deixa estádio perplexo

A maior estrela do esporte chinês, o campeão mundial e olímpico Liu Xiang, desistiu de correr as eliminatórias dos 110 m com barreiras ao sentir uma contusão no pé direito. Ele chegou a alinhar para a largada, mas abandonou após a saída ser queimada.


Com muitas dores, Xiang deixou o estádio Ninho do Pássaro sob o olhar perplexo do público, que ficou em silêncio. Muitos torcedores choraram e abandonaram as arquibancadas assim que ele desistiu da prova.

Ao lado de Yao Ming, astro do basquete, Xiang é a principal estrela do esporte chinês. Ele é uma das personalidades mais requisitadas na China para a realização de propagandas.

O treinador de Xiang, Sun Haiping, afirmou que a preparação do atleta foi prejudicada por uma inflamação no tendão de aquiles. Xiang é o primeiro campeão olímpico de atletismo do país. "Ele tinha um problema no pé, que já o afeta há seis ou sete anos. Este problema já existia nos Jogos de Atenas-2004", disse o técnico.

"Quando chegamos à Vila Olímpica, fizemos uma ressonância magnética que mostrou um problema em um tendão", disse.

O chinês passou boa parte do ano tentando se livrar da contusão. "É muita tristeza. Esperei a semana inteira para ver ele ganhar", afirmou a torcedora Zheng Xie, que deixou o estádio após a desistência de Xiang.

A saída do chinês abre o caminho para a vitória do cubano Dayron Robles, recordista mundial com 12s87, e favorito da prova. A melhor marca de Xiang é de 12s88.

O norte-americano Terrence Trammell, medalha de prata em Atenas, também deixou a primeira rodada das eliminatórias da prova. Trammell caiu na pista e não obteve a classificação.
Classificado
O brasileiro Anselmo Gomes da Silva passou às quartas-de-final da prova ao chegar na quarta posição de sua série, com o tempo de 13s81.

Vara some, Fabiana Murer chora e desabafa

Fabiana Murer segurou o choro enquanto pôde. Não foi enquanto procurava a vara sumida, nem quando errou a terceira tentativa de superar a barreira de 4,65m. Quando ela explica todo o caso na área de entrevistas, os olhos estão vermelhos, mas ainda sem lágrimas. Mas no momento em que vem a pergunta fatal, ela desaba.


Depois de quatro anos de tantos treinos, fica a sensação de que não foi você que perdeu, mas que acabaram com a tua Olimpíada? Fabiana chora e desabafa.

"A sensação que eu tive foi que eles acabaram com a minha Olimpíada. Só quero descansar, não quer ver mais competição na minha frente. Até tinha uma competição aqui na China, mas não volto pra cá. Na China eu não compito nunca mais."

As varas dos atletas ficam com os organizadores antes e depois das provas. No tubo providenciado pela organização, não cabiam as dez varas de Fabiana. Ela manteve, portanto, o próprio tubo, mas com o patrocinador coberto. "Depois da eliminatória eu coloquei as varas, fechei o tubo e foi a última vez que eu vi", contou. Fabiana passou a primeira barreira, de 4,45m. Quando foi ao tubo procurar a vara que utilizaria para os saltos de 4,55m e, posteriormente, de 4,65m, não encontrou a que queria.

Havia duas opções. Uma era tentar interromper a continuação da prova de alguma maneira, já que o erro havia sido da organização. A outra era arriscar com uma vara para alturas maiores. Se desse certo, ela estaria de volta à disputa.

O espírito esportivo não tomou conta das outras atletas. Ninguém mostrou qualquer tipo de solidariedade nem nada parecido. "Elas não me falaram nada", disse Fabiana. Mesmo assim, resolveu dar sequência à prova.

"Eu conheço a minha vara, não estava lá. Procurei em todos os tubos das meninas e a vara não estava lá. Seria complicado (interromper), ia estar atrapalhando as meninas também. Quando eu vi que não ia ter jeito, me conformei e fui ver o que dava para fazer."

A brasileira conversou com o técnico Élson Souza e decidiu arriscar. "Peguei uma vara um pouco mais forte, era para estar saltando mais alto. Mas o que eu precisava era de vara fraca pra acertar o salto e ir crescendo durante a competição. Eu e meu técnico decidimos passar aquela altura, ir pra 4,65 m e tentar ver se acertava. Fiquei muito nervosa. Poderia ter ido mais longe, mas não deu."

Durante a discussão com os organizadores, Fabiana mandava os chineses procurarem pela vara, enquanto eles diziam o mesmo para ela. O impasse não foi resolvido. E, em plena Olimpíada, a maior de todas as competições, sobrou para a brasileira. "É um absurdo, numa competição desse porte. Era deles a responsabilidade", resume. E chora.

Brasil dá show, se vinga de alemãs e luta pelo ouro

Mais uma vez brilhou a estrela de Marta. Com grande ajuda da companheira Cristiane, a camisa 10 comandou o show do Brasil em Xangai e classificou a Seleção para a final do torneio olímpico de futebol. A equipe não só derrotou a Alemanha pela primeira vez na história como também goleou e, com um placar de 4 a 1, conseguiu se vingar do "fastasma" alemão do Mundial de 2007, também em território chinês.


No ano passado, as brasileiras não conseguiram derrotar as rivais na decisão da Copa do Mundo feminina de futebol e foram superadas pelas alemãs por 2 a 0.

Foi um triunfo inédito. Agora, em sete jogos disputados entre os dois times, são quatro derrotas brasileiras, dois empates e apenas uma vitória.

Na primeira fase da Olimpíada deste ano, o Brasil teve a oportunidade de devolver o resultado do Mundial mas, em uma partida muito disputada, a Seleção não saiu de um 0 a 0 e seguiu com as alemãs entaladas na garganta.

Foram dois gols de Cristiane, um de Formiga e outro de Marta. Ao balançar as redes duas vezes na partida desta segunda, Cristiane se torna a maior artilheira de todas as edições dos Jogos Olímpicos ao lado da alemã Prinz. São dez gols para cada uma.
O jogo
O sonho do ouro olímpico parecia que iria virar pesadelo. Logo aos 9min de jogo, após falha de Érika, a goleadora alemã Prinz não perdoou, driblou a arqueira brasileira Bárbara e só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes.

Com uma marcação forte, a seleção da Alemanha não permitia uma aproximação brasileira. Quando uma jogadora do Brasil recebia a bola, duas adversárias já encostavam. Assim, a Alemanha pressionava para tentar marcar o segundo e ampliar o placar.

A Seleção tentava encontrar espaços e conseguiu chegar com perigo. Após cobrança de escanteio, a zaga européia afastou e a bola sobrou para Marta. De fora da área, a camisa 10 arrematou e obrigou Angerer a fazer boa defesa.

A equipe comandada por Jorge Barcellos tentava se encontrar em campo, mas parava na eficiência defensiva adversária. A alternativa: arriscar de fora da área. Daniela Alves avançou e chutou, mas novamente a camisa 1 alemão caiu para fazer a defesa. As bolas paradas também eram opção para a Seleção. Em cobrança de escanteio, Cristiane subiu mais alto que a zaga e cabeceou para assustar as alemãs.

A Seleção insistia e novamente a jogada individual fez a diferença. Desta vez com Cristiane, aos 42min da primeira etapa. A camisa 11 fez grande jogada pela esquerda e tocou rasteiro para dentro da área. Marta errou o chute e a bola sobrou para Formiga, que bateu forte, sem chances para Angerer.

Para a segunda etapa, a equipe brasileira voltou sem alterações, mas com mudanças na atitude. As meninas partiram para cima das adversários e a tática deu resultado. Logo aos 3min, começou a brilhar a estrela de Marta. A melhor do mundo arrancou pela direita, esperou o momento certo e rolou para Cristiane tocar para virar a partida. Brasil 2, Alemanha 1.

A camisa 10 queria mais jogo. Em mais um contra-ataque pela direita, Marta foi para cima da adversária, levou vantagem e, de bico, chutou cruzado para marcar mais um para a Seleção.

Foi a vez então de brilhar a estrela da camisa 11 Cristiane. Aos 29min, ela dominou, passou por quatro alemãs e tocou na saída da goleira alemã. Um golaço para decretar a goleada brasileira e garantir a Seleção na decisão da Olimpíada de Pequim.