Hypólito se compara a "máquina que explode" e cita Maurren

Bicampeão mundial no solo, o ginasta Diego Hypólito disse nesta quarta-feira que a saltadora Maurren Maggi, ouro em Pequim, é um exemplo para ele e para todos os atletas por ter conseguido superar um afastamento por doping e ainda ter chegado ao ponto mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos da China.

Ao ser homenageado como o primeiro ginasta a chegar a uma final individual no solo, Diego lembrou a queda que o tirou da disputa pelo ouro em Pequim e se comparou a "uma máquina que explode".

"A gente treina para conseguir o melhor, mas nem sempre a gente ganha. Nós somos de carne e osso, acontece. Tem máquinas que explodem, prédios que caem, coisas que acontecem de ter falhas, e eu sou um simples ser humano. O que vale a pena é saber se sentir vitorioso e partir para frente para o próximo campeonato. Não foi o último campeonato da minha vida", comentou o ginasta.

"Tem aí o exemplo da Maurren, que participou de tantas Olimpíadas antes de chegar (ao ouro), depois de ter tido problemas tão sérios, muito mais sérios que o meu, que só foi uma falha, uma queda que eu tive na Olimpíada. Infelizmente (o ouro) não aconteceu. É uma fatalidade. Deus sabe o que faz", completou Hypólito, que retornou aos treinos há apenas dois dias após um período de férias depois da Olimpíada.

"O treino vai ser igual ao que eu fazia antes porque não foi porque eu tenha feito alguma coisa errada, e sim por uma fatalidade. Vou treinar bastante para conseguir bons resultados", garantiu, prometendo lutar por medalhas pelo menos nos três próximos Jogos Olímpicos.